30ª Mostra Internacional de SP

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Domingo, 22 de outubro de 2006, 12h03 

Mostra exibe filme brasileiro que relata a época da ditadura

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O filme brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, está entre as principais atrações deste domingo, na 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

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O criador da série e do longa Castelo Rá-Tim-Bum, Cao Hamburger, confirma seu talento e realiza em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, um comovente retrato da geração que nasceu no final dos anos 50, começo dos 60, no Brasil.

Uma geração que viveu a ditadura ainda na infância e só pôde votar diretamente para a Presidência do país em 1989, quando entrava nos 30 anos.

O ano da história é 1970. O menino Mauro (o estreante Michel Joelsas) tem 12 anos, adora futebol e só pensa na Copa do Mundo do México, em que o Brasil tem tudo para ser tricampeão (como acabou acontecendo). Seus pais (Simone Spoladore e Eduardo Moreira), no entanto, têm problemas mais graves. São militantes políticos de esquerda e precisam rapidamente sumir de circulação, para evitar as prisões e torturas que aconteciam naquele período.

Para todos os efeitos, os pais "saem de férias", e deixam o garoto na porta do prédio de apartamentos do Bom Retiro, em São Paulo, onde mora o avô Mótel (Paulo Autran).

Mas, por uma terrível coincidência, o avô acaba de morrer. O menino é, então, acolhido pelo vizinho, Schlomo (Germano Haint). Passa-se um ano em que Mauro terá oportunidade de ser apresentado à tradição judaica, que seu pai deixou de lado, e também terá algumas amizades, a maior delas com Hanna (Daniela Piepszyk), garota esperta que joga futebol no time do bairro, em que Mauro se tornará o goleiro.

Alguns poderão notar semelhanças deste filme com o moderno cinema sul-americano e isso não é mera coincidência. A história de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias remete com certeza a títulos recentes como o argentino Kamchatka, de Marcelo Piñeyro, e ao chileno Machuca, de Andrés Wood.

Reuters
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