30ª Mostra de SP |
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Segunda, 23 de outubro de 2006, 11h38 O Caminho para Guantánamo é destaque na Mostra |
A 30ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que prossegue até 2 de novembro, exibe nesta segunda-feira o docudrama O Caminho para Guantánamo, do diretor inglês Michael Winterbottom, que recebeu o Urso de Prata no último Festival de Berlim.
Veja programação da Mostra!
Assista a trailers inéditos!
Fotos: destaques do cinema!
O cineasta Michael Winterbottom (de Neste Mundo e Bem-Vindo a Sarajevo) mistura cenas documentais com reencenadas neste novo filme. Como sempre, parte de uma história real, no caso, a de quatro amigos. Todos eles são jovens na faixa dos 20 anos, britânicos de origem paquistanesa e bengali, que têm o azar de estarem na hora errada, no lugar errado e por isso são colhidos na paranóia pós-11 de setembro de 2001.
Os quatro rapazes viajam ao Paquistão, onde um deles iria se casar. Antes da cerimônia, decidem visitar o Afeganistão. Sua intenção era participar da campanha de solidariedade muçulmana àquele país, que estava sendo severamente bombardeado pelos EUA, por supostamente ser o esconderijo do terrorista Osama Bin Laden, apontado como o cérebro por trás do atentado às Torres Gêmeas de Nova York.
Um dos rapazes desaparece na confusão. Os outros três acabam presos como supostos terroristas e indo parar na prisão clandestina de Guantánamo, Cuba. Lá, como prisioneiros sem direito aos mais elementares direitos humanos, são encapuzados, submetidos a espancamentos, choques de frio e calor, além de uma permanente tortura psicológica, que visa a levá-los a confessar serem "combatentes, isto é, membros da guerra santa promovida pela Al Qaeda.
Assim, permanecem por quase dois anos, sendo dos poucos que conseguiram sair de lá. Estima-se que 750 presos tenham passado por Guantánamo, sendo que cerca de 500 ainda lá permanecem. Só dez deles foram formalmente acusados de algum crime.
O filme tem sua última exibição nesta segunda (23), às 21h30, no Cine Morumbi Shopping.
Novo filme de Nanni Moretti
O veterano cineasta italiano Nanni Moretti (O Quarto do Filho) faz uma sátira política ácida neste seu novo trabalho, que é também uma carta de amor ao cinema.
A presença do longa na 30ª Mostra faz um curioso diálogo com os filmes do Cinema Político Italiano dos anos 60 e 70, que ganharam uma retrospectiva dentro do evento. Aqui, o cineasta questiona se é possível fazer esse tipo de cinema atualmente e se mostra muito pessimista na resposta.
O personagem central (Silvio Orlando) é um decadente produtor de filmes B, cuja vida está a cada dia mais arruinada. Sem um sucesso há anos, seu casamento com sua ex-estrela (Margherita Buy) também está em estado terminal.
Uma nova chance surge quando chega a suas mãos o roteiro de um filme chamado O Crocodilo, que mostra um primeiro-ministro pouco idôneo, claramente semelhante a Silvio Berlusconi, ex-governante italiano.
O próprio Berlusconi aparece em cenas de arquivo - que, em alguns momentos são impagáveis.
Com seu filme, Moretti consegue transitar entre a comédia e a crítica à política de seu país. Ao mesmo tempo, O Crocodilo faz um retrato melancólico do cinema, que parece cada vez menos politizado. Em papéis secundários, aparecem diversos cineastas italianos, como Paolo Sorrentino e Paolo Virzì.
O Crocodilo tem sessão na mostra nesta segunda (23), às 17h20, no Unibanco Arteplex, e reprise na terça (24), às 21h50, no Espaço Unibanco.
A programação está sujeita a alterações sem aviso prévio.