30ª Mostra Internacional de SP

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Quinta, 26 de outubro de 2006, 09h29  Atualizada às 10h16 Manoel de Oliveira revisita Buñuel em "Sempre Bela"

Em seu novo filme, Belle Toujours - Sempre Bela, o diretor português Manoel de Oliveira retoma, quase 40 anos depois, A Bela da Tarde, o grande sucesso de 1967 do espanhol Luis Buñuel e do roteirista Jean-Claude Carrière.

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O cineasta não conseguiu a adesão da atriz francesa Catherine Deneuve, a protagonista original. Escalou uma outra atriz francesa, Bulle Ogiers, para o papel de Sévérine Serizy, a rica burguesa que traía secretamente o marido, passando as tardes em um prostíbulo.

Em compensação, Oliveira atraiu o francês Michel Piccoli, que refaz seu papel original, Henri Husson, um amigo da família que sabe o segredo de Sévérine. Neste filme surpreendentemente enxuto (com apenas 1 hora e 10 minutos de duração), o mestre português de 97 anos arma uma trama de suspeita e vingança.

Husson vê Sévèrine por acaso uma noite, num concerto. Ela o percebe, mas foge dele. Depois de procurar por sua pista, ele tem a sorte de contar com a indiscrição de um garçom (Ricardo Trêpa), e descobre o endereço da mulher.

A partir daí, esforça-se para encontrá-la num jantar. Ela, porém, mudou muito, física e espiritualmente. Tudo o que Sévèrine quer saber é se Husson contou ou não ao marido, que já morreu e era seu grande amigo, que a mulher o traía.

O filme será exibido nesta quinta (26), às 16h50, no Arteplex 1; no sábado (28), às 16h10, no Cine Bombril 1; na próxima quarta (1/11), às 18h30, no Reserva Cultural 2; e na quinta (2/11), às 18h, no Memorial da América Latina. Quem quiser ver ou rever o filme original, A Bela da Tarde, também será exibido dentro da programação da Mostra, nesta quinta (26), às 13h, no Arteplex 1.