30ª Mostra Internacional de SP

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Sexta, 27 de outubro de 2006, 10h11 

"Shortbus" promete ser o filme mais polêmico da Mostra

Divulgação

Primeira exibição de Shortbus no Brasil começa nesta sexta-feira
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Depois de uma badalada exibição no Festival de Cannes, o polêmico filme norte-americano Shortbus faz sua primeira exibição no Brasil nesta sexta-feira, na 30ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, e promete ter alguns dos ingressos mais disputados do evento.

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Shortbus é, em sua essência, um filme de utopia ¿ sexual e global. Escrito e dirigido por John Cameron Mitchell (Hedwig ¿ Rock, Amor e Traição), o longa conta com atores desconhecidos, que também ajudaram o cineasta a compor os personagens e o roteiro. Logo de cara, o filme mostra a que veio com seus protagonistas envolvidos nas mais diversas práticas sexuais.

Sofia (Sook-Yin Lee) é casada com Rob (Raphael Barker) e trabalha como terapeuta de casais. Ninguém sabe o quanto é frustrada porque nunca teve um orgasmo. Já o casal James (Paul Dawson) e Jamie (PJ DeBoy) pensa em introduzir uma terceira pessoa em sua relação. E a garota de programa Severin (Lindsay Beamish) busca um relacionamento de verdade em sua vida.

Todos eles, e alguns outros, vão se encontrar em um bar chamado Shortbus, onde o amor livre corre solto, em salas que mais parecem ter saído de uma cena de Calígula.

O diretor Mitchell não tem medo de ser explícito ¿ mas nunca é gratuito. Ele retrata um grupo de pessoas desesperadas em busca de alguma ligação com os outros, à procura de um sentido maior na vida, em que o sexo é, muitas vezes, o caminho para isso.

As cenas explícitas podem chocar os mais puritanos. Mas o impacto emocional de Shortbus é muito mais forte e pertinente. O filme chega como uma tentativa de relembrar o que Nova York um dia foi, muito antes do 11 de Setembro. Os personagens pregam paz, e o amor é o caminho mais curto para isso.

Como no filme anterior de Mitchell, a música tem papel fundamental. Para ajudar a criar esse universo onírico, no qual Nova York aparece em forma de maquete, o diretor conta com trilha de Michael Hill e do grupo de indie rock Yo La Tengo.

O longa-metragem tem sessão às 23h40, no Espaço Unibanco. Depois, haverá reprises no sábado, às 23h20, na Sala UOL, e na quarta-feira, às 23h30, no Unibanco Arteplex.

Reuters
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