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Terça, 31 de outubro de 2006, 08h28 Atualizada às 09h11 Diretor russo retrata decadência de imperador japonês |
O imperador japonês Hiroíto é o protagonista de O Sol, novo filme do cineasta russo Aleksandr Sokurov em torno de homens poderosos, que foi exibido dentro da competição no Festival de Berlim.
Confira a programação completa!
Veja fotos dos principais filmes!
Assista a trailers inéditos!
Fotos: destaques do cinema!
O filme será apresentado na programação da 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo nesta terça-feira às 20h, no Espaço Unibanco 1, e na quarta-feira, às 21h50, na Sala Uol.
O Sol é o terceiro filme de Sokurov que procura refletir criticamente sobre o poder. Os trabalhos anteriores do diretor sobre o tema foram Moloch, que retratava Adolph Hitler, e Taurus (2001), sobre Vladimir Lênin. Neles, como em O Sol, procura-se desmontar pouco a pouco a mística em torno da figura central.
Hiroíto (Issey Ogata) aparece como um homem velho, frágil, solitário, com sérios problemas nos dentes que afetam inclusive o modo como fala. Ele é apresentado justamente no momento de sua maior fraqueza, quando se prepara para a rendição aos americanos, na II Guerra Mundial, depois do bombardeio de seu país por duas bombas atômicas.
Alguns dos melhores momentos do filme estão nas conversas entre o imperador e o general americano MacArthur (Robert Dawson), chefe das forças de ocupação. Aqui, ficam bem claras as diferenças e contradições do pensamento de um e de outro.
O imperador, um aristocrata culto, poliglota, nascido em berço de ouro e com uma mentalidade elitista, formada a partir de seu isolamento num palácio onde não executava sozinho nem mesmo a tarefa de se vestir. O general representa a postura da potência vencedora e sua implacável mentalidade prática sobre a nova situação.
Mesmo sem fazer julgamentos das figuras poderosas que retrata, como Hiroíto, o cineasta russo faz escolhas que deixam bem clara sua intenção de evidenciar a alienação e decadência do processo ¿ inclusive na luz, quase sempre escura ou amarelada, e na câmera fechada em pequenos espaços, quase claustrofóbicos.