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Quinta, 2 de novembro de 2006, 10h09 Atualizada às 11h02 Fonte da Vida traz luta contra a morte à Mostra |
Romance, ficção científica e misticismo. Depois de dois filmes pequenos e de bom resultado, Pi e Réquiem Para um Sonho, o diretor norte-americano Darren Aronofsky se aventura em algo bem mais ambicioso e pessoal com Fonte da Vida, que pode ser visto nesta quinta-feira na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Veja fotos dos principais filmes!
Assista a trailers inéditos!
Fotos: destaques do cinema!
Aronofsky trabalhou nesse projeto há anos e quase teve que cancelá-lo devido ao alto orçamento. Para conseguir viabilizá-lo, cortou os gastos pela metade ao reescrever o roteiro.
Todos esses cortes ficam evidentes e acabaram resultando num filme confuso, com idas e vindas no tempo.
Fonte da Vida segue a luta de um casal ao longo de três séculos tentando vencer a morte. Fica claro que Aronofsky pretende celebrar a força do amor eterno e o triunfo sobre a morte. Para isso, o filme repete cenas em séculos distintos, diálogos e símbolos. No entanto, o resultado nunca vai além de um misticismo barato, que se torna mais vazio com a trilha minimalista e new age de Clint Mansell.
O diretor e roteirista quer cruzar três gêneros num filme - tudo ligado por uma história de amor. No passado, situa-se um épico histórico, no qual uma rainha européia delega a um conquistador a tarefa de encontrar uma árvore mítica perdida no meio da civilização Maia.
No futuro, há uma ficção científica, em que um homem conduz uma árvore dentro de uma bolha rumo a uma estrela que está morrendo - e nesse lugar pode-se originar vida.
O segmento menos problemático é o que se passa no presente, dominado por um drama hospitalar. Um pesquisador luta contra o tempo em busca de uma forma de curar um tumor cerebral que consome a vida de sua amada.
O personagem masculino é sempre interpretado por Hugh Jackman e o feminino, por Rachel Weisz. Embora os dois já sejam comprovadamente talentosos, não há muito o que possam fazer uma vez que seus personagens não têm muita profundidade psicológica ou emocional.
Várias vezes alguns personagens repetem a frase "A morte é o caminho para o sublime". Essa idéia é o que tenta dar conexão aos segmentos, mas isso nunca se concretiza. Aqui, a morte parece vazia e sem sentido - desnecessária. Assim como o filme.
Não por acaso, Fonte da Vida foi vaiado quando apresentado em competição no Festival de Veneza, em setembro.
A última sessão do filme na 30ª Mostra acontece nesta quinta-feira, às 19h, no Cine Morumbi Shopping.