30ª Mostra Internacional de SP

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Quinta, 2 de novembro de 2006, 11h22  Atualizada às 11h55 Documentário sobre Lennon explora ativismo de ex-beatle

O documentário sobre o ativismo político do ex-beatle John Lennon, Os Estados Unidos contra John Lennon, é um dos destaque do último dia de programação normal da 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, nesta quinta-feira.

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Dirigido pela dupla de cineastas norte-americanos David Leaf e John Scheinfeld, Os Estados Unidos contra John Lennon fecha seu foco na transformação do ex-beatle, morto em 1980, num ativista político dos mais engajados na causa da paz mundial.

O documentário acompanha Lennon nos anos de 1970, especialmente quando ele se aproxima de figuras políticas, como o líder Pantera Negra Bobby Seale, e passa a participar mais ativamente do movimento de contestação à Guerra do Vietnã. Não só comparecendo a passeatas como compondo canções que se transformarão em verdadeiros hinos para os manifestantes: caso de Give Peace a Chance e Revolution.

Ao mesmo tempo em que crescia a militância do músico inglês, então radicado nos EUA, ele passava a ser alvo de espionagem, tendo seu telefone grampeado pelo FBI.

Sentindo-se ameaçada pelos movimentos de esquerda com os quais Lennon se identificava, a administração Richard Nixon, entre 1971 e 1972 envolvida numa campanha de reeleição, decidiu ir mais longe e mover um processo para deportação do músico daquele país - o que acabou não conseguindo.

O filme alinha diversos depoimentos importantes, como dos ativistas Bobby Seale e Angela Davis, da viúva de Lennon, Yoko Ono, do apresentador de TV Walter Cronkite e também de autoridades ligadas ao governo Nixon - caso de G. Gordon Liddy, a única voz anti-Lennon do filme. Para os fãs do astro, o filme é emocionante. E traz imagens raras da época.

Os Estados Unidos contra John Lennon é exibido pela última vez nesta quinta-feira, às 19h30, no Arteplex 2.

A cerimônia de premiação dos melhores da mostra será nesta quinta-feira à noite, no Auditório Ibirapuera, a partir das 20h, com a projeção do filme Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, em cópia restaurada.