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Nos cinemas com 'Star Trek', Chris Pine diz: "lembro da minha avó"

14 jun 2013 - 13h37
(atualizado às 13h41)
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Quando era garoto, o californiano Chris Pine não perdia um episódio da série CHiPs (1977-1983), em que seu pai, o ator Robert Pine, interpretava o sargento Joseph Getraer – o chefe dos personagens de Erik Estrada e Larry Wilcox. “Cresci nos estúdios de televisão e nos sets de filmagem, um ambiente que se tornou muito familiar para mim’’, conta Pine, que também é filho da atriz Gwynne Gilford e neto da atriz Anne Gwynne. “Nunca consegui me ver em outra profissão’’, diz o ator de 32 anos e mais de 30 créditos na bagagem, entre filmes e séries de TV.

Seu último longa é a produção de ficção científica Além da Escuridão - Star Trek, o segundo título desde o reinício da saga da nave Enterprise nas telas, em 2009. Na nova trama, em cartaz nos cinemas brasileiros a partir desta sexta-feira (14), a equipe liderada por capitão Kirk (Pine) se vê ameaçada por uma força do mal, infiltrada na organização espacial, com o intuito de dominar o universo. A terceira parte da franquia tem previsão de estreia em 2016. “Ao interpretar Kirk, sempre me lembro da minha avó, que morreu há dez anos. Ela teria orgulho de mim, já que William Shatner (que eternizou Kirk na série original, nos anos 60) era um dos seus atores preferidos’’, contou.

Leia a entrevista concedida na Cinemacon (convenção da associação de exibidores), em Las Vegas, onde Pine foi eleito o Male Star of the Year.

Terra - Qual a evolução de James T. Kirk do primeiro filme para essa continuação?

Chris Pine - 

No primeiro filme, Kirk era apenas um garoto, que ocupou a cadeira de capitão por circunstâncias. No segundo, ele precisa mostrar que merece o cargo que exerce. Suas forças e fraquezas vêm à tona, sobretudo as fraquezas, quando o seu rival, o terrorista John Harrison (Benedict Cumberbatch), um renegado da Frota Estelar, coloca Kirk de joelhos. Sempre tão obstinado, confiante, arrogante e teimoso, ele aprende uma lição ao se ver pela primeira vez em posição vulnerável.

Terra - A dinâmica entre Kirk e Spock está mais eficiente no novo filme. Como trabalhou esse aspecto com o ator Zachary Quinto?

Pine - 

Na história anterior, só tivemos a oportunidade de criar os personagens, estabelecendo quem eles são. Aqui pudemos ir mais adiante, explorando suas diferentes facetas. O que funciona no relacionamento da dupla é o fato de Spock ser o homem que preza a lógica e a razão, enquanto Kirk está mais para a paixão e a emoção, independentemente do que é certo ou errado. O curioso é que um não pode viver sem o outro.

Terra - O maior mérito do novo filme talvez seja o de equilibrar as cenas de ação com o desenvolvimento psicológico dos personagens, não?

Pine - 

É isso que faz J. J. Abrams (também responsável pelo filme anterior), um diretor tão bom. Ele não se apoia unicamente na tecnologia, forçando demais os efeitos especiais. Até porque não há nada que o público não tenha visto ainda. J.J. entende que não adianta ter a melhor sequência de ação, se a plateia não se importar com os personagens. A sua verdadeira paixão não está no espetáculo visual, mas sim em criar um mundo emocional que consiga envolver o espectador. Desde os tempos das cavernas, nós queremos a mesma coisa: acompanhar uma boa história.

Terra - Além de Star Trek, que certamente terá mais continuações, você será o protagonista de Jack Ryan (o reinício da série de filmes comandada pelo agente da CIA criado pelo escritor Tom Clancy). O que o atrai tanto em franquias? 

Pine - 

Eu gosto muito de trabalhar com as mesmas pessoas em vários projetos. Principalmente se eles forem profissionais como J.J. Abrams e Kenneth Branagh 

(diretor de Jack Ryan, com estreia no final do ano)

. Ao estabelecermos um senso de camaradagem no set, eles se tornam uma família para mim.

Terra - Pediu conselhos aos outros atores que já interpretaram Ryan nas telas, como Harrison Ford (em Jogos Patrióticos e Perigo Real e Imediato), Alec Baldwin (em Caçada ao Outubro Vermelho) ou Ben Affleck (em A Soma de Todos os Medos)?

Pine - 

Não (risos). Encontrei Harrison Ford muito rapidamente em um evento social. Por mais que Harrison seja um cara simpático, fiquei paralisado diante ele e não toquei no assunto. Alec Baldwin eu já conheço um pouco melhor, desde que trabalhamos juntos na dublagem da animação

 A Origem dos Guardiões

. Eu o adoro. Ele é o cara perfeito para dividir uma mesa de jantar, por ter tantas histórias para contar. Também conheço Ben Affleck, pois já moramos próximos um ao outro em Los Angeles. Entrar para o imaginário de Ryan nas telas certamente me deixa em muito boa companhia.

Fonte: Terra
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