Violência crua de diretor filipino divide festival
A história se repete. Como no ano anterior em que o filipino Brillante Mendoza participou com Serbis, seu novo filme exibido neste sábado na competição oficial dividiu a platéia de jornalistas entre aplausos e vaias.
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O curioso é que o motivo das duas reações é o mesmo: a violência e o estilo cru do realizador e seus temas. Se em Serbis o tom desagradável circundava a trama de uma família proprietária de um cinema pornô-gay decadente, agora ele ainda vai mais fundo com o seqüestro de uma prostitura por uma gangue liderada por um policial e seu fim sangrento.
Nesse meio cruel está um jovem aprendiz da academia policial que, para conseguir dinheiro para o sustento da mulher e seu bebê, acaba por acompanhar um amigo, integrante da gangue, na trágica aventura.
Mendoza nao poupa os olhos (e o estômago) do espectador e não parece preocupado com a reação que este possa ter. É inegável sua coragem em construir pouco a pouco a tragédia que se anuncia e mostrar o resultado dela sem poupar a platéia.