A grande noite do cinema brasileiro em Cannes
O grande momento do cinema brasileiro no 62º Festival de Cannes chegou. Na noite desta quinta-feira (21), o glamouroso tapete vermelho estendido no endereço mais badalado do boulevar Croisette nestes últimos dias, o Palais des Festivals, recebeu a equipe do filme À Deriva, competidor da mostra Un Certain Redard.
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Dirigido pelo cineasta de sotaque de Recife (mas nascido no Rio) Heitor Dhalia, o longa, rodado em Búzios (RJ), conta a história da garota Filipa - vivida pela adolescente de 15 anos Laura Neiva. No papel de seus pais estão a brasileira Débora Bloch e o francês Vincent Cassel - um astro na França, cuja presença no elenco ajudou a promoção do longa em seu país.
Acostumados mais a vestidinhos leves, coloridos e soltos, rasteirinhas, calças jeans, tênis, camisetas e, no máximo, um blazer, as atrizes, atores e membros da equipe do filme sacaram de suas malas o figurino de gala e desilaram com elegância e graça pelo tapete do templo francês do cinema. Depois da mise en scène para os flashes e para os fãs que aguardavam do lado de fora do Palais, foi a vez de enfrentar a platéia vip do festival.
Além da sensibilidade da equipe, o talento das atrizes brasileiras e também do talento e do carisma de Cassel - casado com uma das musas do cinema europeu, Monica Bellucci -, a produção brasileira À Deriva contou com a notável presença do casal de atores brasileiros Cauã Reymond - que faz participação no filme - e Grazi Massafera para amolecer a refinada e exigente audiência. Como uma versão sul-americana de Brad Pitt e Angelina Jolie - só que sem a extensa prole e sem a recheadíssima conta bancária - eles atraíaram a atenção da mídia internacional, embasbacada com a exuberância dos dois.
Uma noite memorável.