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Veja cinco razões para acompanhar o Festival de Cannes de perto

11 mai 2012 - 15h25
(atualizado às 16h32)
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Um dos mais glamurosos eventos do cinema europeu, o Festival de Cannes chega a sua 65ª edição, cheio de grandes estrelas desfilando pelas paradisíacas praias do sul da França, como sempre. Mesmo que, no início, o evento fosse apenas uma desculpa para turistas e membros da sociedade aproveitarem mais do luxo do que dos filmes, hoje, o festival conserva sua elegância, mas também foi convertido em um dos mais importantes acontecimentos cinematográficos.

O Festival de Cannes é conhecido por revelar futuros grandes cineastas
O Festival de Cannes é conhecido por revelar futuros grandes cineastas
Foto: Antonin Thuillier / AFP

Conheça cinco razões para acompanhar o Festival de Cannes 2012:

Força latina na tela

Depois de uma participação quase insignificante em 2011, sem nenhum filme indicado para o prêmio máximo, o cinema latino chega ao Festival de Cannes 2012 com dois longas competindo pela Palma de Ouro na Seleção Oficial. O duelo entre os latinos promete ser um dos grandes atrativos para o público local.

Revelação de novos talentos

Diferentemente dos Oscars, o Festival de Cannes recebe inscrições de filmes de todas as partes do mundo. Qualquer diretor, tanto de primeira viagem quanto veteranos, pode participar do evento. Graças ao meticuloso processo de seleção dos filmes inscritos, ele é conhecido por revelar os futuros grandes cineastas. Prova disso foi a ascensão de Quentin Tarantino e a de Steven Soderbergh, que ganharam popularidade depois que seus filmes brilharam no evento.

Forte conotação política

Quem acompanha a indústria cinematográfica sabe que o Oscar não quer ser um evento politizado. Os filmes de alto teor político e ideias progressistas não costumam ser bem digeridos pelos dirigentes da Academia americana.

Cannes, por outro lado, tem uma história intimamente relacionada com eventos que marcaram a sociedade, como os protestos que sacudiram a França em maio de 1968. Na época, diretores como François Truffaut e Jean-Luc Godard exigiram que o festival fosse cancelado em solidariedade às revoltas. Este ano, Cannes vai exibir Le Serment de Tobrouk, um filme onde o cineasta Bernard-Henri Levy aborda a revolta da Líbia. O longa, que será projetado numa sessão especial, foi rodado durante os oito meses do conflito que colocou fim à ditadura de Muamar Gaddafi.

Sensualidade e glamour das divas

Brigitte Bardot, Sophia Loren, Claudia Cardinale e Elizabeth Taylor são algumas das divas que fizeram da sensualidade uma parte fundamental do festival e atraíram lentes fotográficas do mundo todo. Bardot, em especial, sempre tinha um encontro com a imprensa na praia. O calor do verão e os cenários paradisíacos da Riviera francesa estimularam o uso de peças de vestuários diminutas por atrizes como a francesa Simone Silva. Ela cobriu os seios apenas com as mãos durante uma sessão de fotos com o ator Robert Mitchum. Hoje, musas como Angelina Jolie e Penélope Cruz se encarregam de executar o trabalho que um dia foi dos ícones de beleza dos anos 1950 e 1960.

Irreverência e clima relaxado

A irreverência também é um motivo de orgulho para este irmão "rebelde" do Oscar. Algumas exibições de filmes já aconteceram em lugares inusitados, como na praia, à meia noite. A combinação de atores novatos no meio de grandes estrelas também cria um ambiente diferente e repercute a filosofia do Festival de Cannes, que coloca a arte acima de tudo e que, segundo o site oficial, "é o ponto crucial do cinema mundial", uma "confluência apolítica de criatividade".

A essência do evento contrasta com a presença de celebridades se mostrando pelo tapete vermelho e se choca com a presença maciça da imprensa e dos seguranças proibindo a entrada de pessoas cujos trajes não estejam de acordo com os padrões.

Fonte: Terra
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