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Comédia romântica "Simplesmente Acontece" emociona sem dramalhão

4 mar 2015 - 16h14
(atualizado às 16h14)
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De tempos em tempos, uma comédia romântica sai da mesmice para mostrar que o gênero pode ser mais do que uma repetição de fórmula. "Harry & Sally – Feitos um para o Outro" (1989), "Um Lugar Chamado Notting Hill" (1999) e "Amigos Com Benefícios" (2011) são alguns dos exemplos que podem ser lembrados e, agora, "Simplesmente Acontece".

Atriz Lily Collins no tapete vermelho do filme "Simplesmente Acontece", no Festival de Cinema de Roma, na Itália. 19/10/2014
Atriz Lily Collins no tapete vermelho do filme "Simplesmente Acontece", no Festival de Cinema de Roma, na Itália. 19/10/2014
Foto: Alessandro Bianchi / Reuters

Baseado no best-seller homônimo de Cecelia Ahern (que também escreveu o sucesso "P.S. Eu te Amo"), a história foge do dramalhão, adicionando leveza e doses generosas de humor. Uma equação que se deve muito ao trabalho do afinado elenco, a competente adaptação (assinada por Juliette Towhidi, de "Garotas do Calendário", com a ajuda da autora), a fotografia e a direção pop do alemão Christian Ditter (do inédito no Brasil "French For Beginners", 2006).

Aqui, o espectador acompanha a história de Rosie (Lily Collins, de "Espelho, Espelho Meu") e Alex (Sam Claflin, da franquia "Jogos Vorazes"), amigos de infância, que cresceram juntos no interior da Inglaterra (o filme foi filmado em Dublin, mas o sotaque é londrino). Narrado por ela, já se entende que eles são apaixonados um pelo outro, mas têm medo de confessar.

Como não se declaram, na noite de formatura, Rosie engravida de seu outro par no baile, quebrando o pacto que os amigos tinham de ir para Boston, nos Estados Unidos, onde ele estudaria medicina e ela, turismo. Assim, enquanto o rapaz frequenta aulas na Ivy League, ela enfrenta uma vida de mãe solteira, trabalhando como camareira em um hotel.

Nos 12 anos que compreendem a história, casamentos são desfeitos, encontros são arranjados, mas o que transparece é a dificuldade de manter uma relação à distância entre os dois, sem perceber que são absolutamente apaixonados. O destino, este brincalhão, teima em deixá-los sempre separados.

Embora a atuação conjunta dos atores protagonistas seja envolvente, é Collins quem brilha (com muita ajuda do diretor de fotografia Christian Rein, que não tem medo de saturar a tela com luz e tons primários), mantendo um preciso timing para a comédia e para o drama (muitas vezes na mesma cena).

De forma singular, Rosie lembra a personagem Emma, do romance "Um Dia" (também outro best-seller), interpretada por Anne Hathaway, em 2011, ainda mais que uma das músicas de "Simplesmente Acontece", no passar do tempo, é "Suddenly I See", balada de Hathaway em "O Diabo Veste Prada". Mas isso não passa de uma curiosidade.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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