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Confira entrevista com diretora e atores de 'Sonhos Roubados'

22 abr 2010 - 13h33
(atualizado às 13h49)
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Três moças - algumas mais moças do que outras - tentam sobreviver e guardar seu espaço no mundo a custa de vários Sonhos Roubados, título do novo filme da diretora Sandra Werneck (Cazuza - O Tempo Não Pára e Amores Possíveis) que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (23). Em entrevista com a imprensa sobre o filme, Werneck explicou a linha de continuidade entre esta ficção e seu penúltimo trabalho no cinema, o documentário Meninas, que também lidava com jovens mulheres da periferia.

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O filme, que é adaptado das histórias do livro As Meninas da Esquina - Diários dos Sonhos, dores e aventuras de seis adolescentes do Brasil

Nelson Xavier e Ângelo Antonio fazem personagens do filme
Nelson Xavier e Ângelo Antonio fazem personagens do filme
Foto: Celso Akin / AgNews

, da jornalista Eliane Trindade, já rendeu um prêmio de Melhor Atriz a Nanda Costa (a Soraia da novela

Viver a Vida

) no Festival do Rio.

O roteiro se passa numa periferia horizontal do Rio de Janeiro e traz como protagonistas três jovens amigas que dividem alegrias e dramas como se fossem uma só família. Apesar desse forte núcleo feminino, os personagens masculinos da história têm um papel importante no filme de Werneck.

Ângelo Antonio, que faz o papel do pai de Daiane, personagem de Amanda Diniz, comenta sobre o fato de ser um "vilão" na história e explica o que o atraiu para o papel de um homem que nega a paternidade de uma filha que clama por sua atenção: "Acho que, no fim das contas, ele também teve um sonho roubado e por isso ficou seco daquele jeito. Mas há uma redenção pra ele no filme", explica o ator.

Já Nelson Xavier, que interpreta o avô de Jéssica, personagem de Nanda Costa, faz uma figura masculina bem mais benevolente que o pai esturricado de Ângelo Antonio. Xavier diz que tem afinidade emocional por "tipos marginais", papéis distantes dos centros de poder. Ele, que assim como Ângelo Antonio interpreta Chico Xavier na cinebiografia do espírita que é atualmente campeã de bilheteria no Brasil, comenta sobre a coexistência pacífica entre o cinema de massa (Chico Xavier) e os títulos com propostas mais autorais (Sonhos Roubados): "Quem bom que esses dois cinemas coexistem. É ótimo que o cinema autoral não seja estrangulado pelo cinema comercial e que exista espaço para ambos. É sinal de que a indústria de cinema está acontecendo", afirma ele.

Sobre o trabalho com os atores para o filme, Sandra Werneck lembra que todos colaboraram para o roteiro do filme. "Quando o ator gosta do projeto, ele tem muito a dar pra gente e sempre contribui", diz ela, e lembra do caso de Marieta Severo, cujo papel no filme é de uma cabeleireira de periferia. Quando Werneck apresentou a personagem a Marieta, a atriz achou algumas frases mais ingênuas. Sandra lembra: "Ela olhou pra mim e falou: 'Não vou fazer isso, tá parecendo a Dona Nenê'", uma referência à personagem de Severo na série de TV A Grande Família.

Quanto às cenas mais fortes - há algumas cenas de sexo durante o filme, boa parte delas envolvendo violência masculina -, Werneck sustenta suas decisões: "Tentou não vulgarizar esses momentos: "Tento não ser vulgar nessas cenas mais fortes e mostrar uma violência mais subjetiva que objetiva no filme".

Confira nesta sexta-feira as entrevistas com as três protagonistas do filme: Nanda Costa (Jéssica), Amanda Diniz (Daiane) e Kika Farias (Sabrina).

Fonte: Redação Terra
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