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De 'Pacman' a 'Halo': 'Detona Ralph' explora mundo dos games

4 jan 2013 - 08h36
(atualizado às 15h35)
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Detona Ralph, animação da Disney que estreia nesta sexta-feira (4), certamente estará entre as indicações para divertir a criançada nestas férias de verão. Mas, além dos pequenos, deve agradar - e muito - à turma que está na casa dos 30 anos. Isso porque o Ralph do título é o vilão de Conserta Felix, um jogo de fliperama típico dos anos 80, daqueles quadrados, com pouquíssimos atrativos visuais e apenas dois ou três comandos. O papel dele é ficar quebrando um edifício, enquanto o mocinho, Félix, tenta cosertá-lo. Cansado de fazer a mesma coisa há 30 anos, Ralph resolver dar uma reviravolta em sua vida. E é nesse momento que surgem várias referências aos jogos de videogame mais famosos das décadas de 80 e 90.

Ralph está cansado de exercer o papel de vilão há 30 anos
Ralph está cansado de exercer o papel de vilão há 30 anos
Foto: Divulgação

Acontece que Ralph simplesmente cansou de ser um cara mau, de dormir no lixão, de ser sempre escanteado da parte boa de seu jogo, como a festa em comemoração aos seus 30 anos de existência. Ele fica deprimido e começa a frequentar um grupo de terapia para vilões, onde desabafa com "colegas", os vilões de outros games famosos, como Street Fighter, Sonic e Pac-Man. É o suficiente para garantir risadas do público adulto.

Mas o grupo de apoio não resolve os problemas do vilão incompreendido e ele acaba tendo uma outra ideia para mudar de vida: sai pelo fliperama - à noite os personagens podem circular livremente, já que o estabelecimento fica fechado - e entra em um jogo moderno, desses cheios de armas, tiros, violência e visual sombrio (algo no estilo Halo, Call of Duty e afins). É nesse ambiente que Ralph vê uma chance de virar herói. Para vencer o jogo, ele tem de conseguir uma medalha. Em busca do troféu, o grandalhão - Ralph pesa 300 quilos e mede três metros - acaba causando uma enorme confusão ao libertar um inimigo que ameaça todos os jogos do fliperama. 

Ralph acaba indo parar, então, no jogo Sugar Rush, uma corrida de carros açucarados, em que conhece Vanellope, uma garota com problemas, alvo de gozação de todos os outros personagens de seu jogo. Os dois se juntam e um passa a ajudar o outro. É aí que começa o conflito entre o bem e o mal e Detona Ralph mostra que é, sim, uma animação para crianças. Nesse ponto, muda também o cenário. Surgem muitas cores, em forma de balas, chocolates e outras guloseimas que os pequenos adoram.

O filme, indicado ao Globo de Ouro de melhor animação e dirigido por Rich Moore - que tem episódios de Futurama e dos Simpsons no currículo - , tem entre seus dubladores nomes de peso. Na versão original, John C. Reilly faz a voz de Ralph. Já na versão brasileira, o trio de protagonistas - Ralph, Felix e Vanellope - ficou a cargo de nomes conhecidos: Thiago Abravanel, Rafael Cortez e Marimoon, respectivamente. Em entrevista ao Terra, Rafael e Marimoon disseram que acreditam terem seido escolhidos para o trabalho por contas de suas semelhanças com os personagens.

A história termina, claro, de forma um tanto previsível - estamos falando de uma animação da Disney, afinal -, com mocinhos - porque Ralph é o vilão do jogo, mas o mocinho do filme - lutando contra vilões e passando por transformações em suas vidas. Essa é a parte feita para os mais jovens. Afinal, animações da Disney são feitas sobretudo para crianças. Mas, a exemplo de outras produções recentes do gênero, como Up, Detona Ralph é mais um filme para crianças que deve agradar em cheio ao público mais "crescido". 

 
Fonte: Terra
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