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'Dezesseis Luas' adapta romance juvenil superior a 'Crepúsculo'

1 mar 2013 - 08h18
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<p>O filme começa com a história de um estudante do terceiro ano do colegial que não vê a hora de sair da cidade onde mora</p>
O filme começa com a história de um estudante do terceiro ano do colegial que não vê a hora de sair da cidade onde mora
Foto: Divulgação

Se cinema fosse uma equação matemática, Dezesseis Luas, que estreia nesta sexta-feira (1) no Brasil, poderia ser descrito assim: Crepúsculo mais ... E o Vento Levou multiplicado por Carrie, A Estranha. Apesar de sua inegável estranheza, o romance juvenil sobrevive com mais sagacidade e menos tédio do que a milionária trilogia dos vampiros. Baseado numa série de livros - até agora são quatro - escrita por Kami Garcia e Margaret Stohl, Dezesseis Luas é o que Crepúsculo seria se tivesse uma produção mais caprichada e coadjuvantes talentosos para cercar o casal de protagonistas.

Aqui, Emma Thompson, Jeremy Irons e Viola Davis são responsáveis pelos melhores momentos do longa, protagonizado por Alden Ehrenreich ("Tetro") e Alice Englert. Numa pequena cidade, Ethan (Ehrenreich) cuida do pai, que caiu em depressão depois da morte da mãe. O rapaz espera terminar o colegial para ir estudar numa universidade bem longe. A chegada de Lena Duchannes (Alice) representa uma mudança.

Ela é estranha, mora na casa de um tio ricaço excêntrico que vive isolado da cidade, Macon Ravenwood (Irons), que também tem fama de bruxo. Isso não a ajuda em nadana hora de fazer amigos - pelo contrário, ela acaba bastante rejeitada na escola. Logo que Ethan se apaixona por ela, a garota revela que é bruxa - ou, como prefere dizer, "conjuradora". Com a aproximação de seu 16º aniversário, a menina irá descobrir se é do lado da magia negra ou da magia do bem.

Enquanto isso, porém, precisa enfrentar a escola, onde é hostilizada até ter um ataque à la Carrie - porém mais ameno - e quebrar as vidraças com a força do seu pensamento. Emma Thompson faz o melhor personagem no filme: uma carola que pretende expulsar Lena da cidade. Porém, numa reunião, na igreja local, quando discutem o destino de Lena, o recluso Macon resolve aparecer, e, só para ele, ela revela sua verdadeira identidade: Sarafine, a mãe de Lena, que veio clamar a filha para o lado negro da força.

O filme sabe aproveitar bem a mitologia que se criou na região sul dos EUA por conta da Guerra Civil. O clímax, por exemplo, é um trabalho escolar que consiste numa encenação do conflito - com os meninos devidamente vestidos de soldados e as garotas, de "Southern belle", uma atmosfera que faz lembrar o clima de ...E o Vento Levou.

Dirigido por Richard LaGravenese (P. S. Eu Te Amo), Dezesseis Luas é um romance juvenil, mas consegue se elevar um tantinho acima dos outros no gênero - especialmente por saber equilibrar a história de amor com o pano de fundo da feitiçaria e a disputa por Lena. Fora isso, o diretor sabe introduzir momentos engraçados, e, por isso, passa longe do mar de sofrimento romântico-juvenil de Crepúsculo.

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