Diretor e elenco de 'Chico Xavier' falam sobre experiência com o filme
Crer ou não crer, eis a questão maior que perpassou boa parte das perguntas feitas à equipe do filme Chico Xavier, que estreia nas salas nacionais no próximo dia 2, data do centenário do médium Chico Xavier (1910-2002) com um volume de 300 cópias (com grandes chances de subir para 400, segundo a produção). Questionados sempre sobre seus credos pessoais em religiões ou ideias, tanto o diretor Daniel Filho quanto o ator Nelson Xavier, que interpreta Chico quando este já era um fenômeno nacional, tentaram passar uma ambiência um tanto sobrenatural à tudo que cercou à produção.
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Daniel Filho, que se confessou um "ateu, porém um homem de fé", chegou a dizer que, ao contrário do que acontece com todos os seus trabalhos no cinema, não foi ele quem escolheu dirigir o título: "Eu fui escolhido, fui convidado para fazer esse filme", disse o cineasta das massas em um tom quase profético, fazendo uma referência ao fato de ter sido chamado pelo presidente da Sony Pictures para dirigir e não apenas produzir o longa.
Nelson Xavier, cuja interpretação realmente invoca a imagem que se tinha do Chico Xavier conhecido pela mídia, se confessou ainda mais emotivo em relação à sua escolha para o papel: "Eu ignorava o Chico, sabia que ele existia. Aliás, algumas pessoas confundiam meu nome com o dele e eu até me irritava com isso. Quando recebi o livro do Marcel (Marcel Souto Maior, autor do livro que serviu de base para o roteiro), havia uma dedicatória dele dizendo que gostaria que eu fizesse o personagem no cinema. Durante as filmagens, me comovi muito e fiquei deslumbrado com o ser que eu havia ignorado por tanto tempo. As emoções que eu senti ao ler o livro se ampliaram com o filme. Hoje não sei dizer se sou ateu, mas isso foi uma revolução na minha vida. Depois de interpretar esse personagem, entendi que não se pode sair incólume dessa experiência. Chico me convence que a gente precisa prestar mais atenção no amor."
Ângelo Antonio, que interpreta Chico Xavier no momento em que ele começa a ter mais domínio de sua mediunidade, não esteve presente na coletiva.
O filme teve um orçamento de RS 12 milhões e promete ser uma das grandes promessas de bilheteria do cinema nacional em 2010.
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