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Documentário sobre Chico Buarque abre Festival do Rio

30 set 2015 - 13h53
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Um documentário sobre Chico Buarque abrirá amanhã, quinta-feira, o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, que em sua 17ª edição exibirá 250 filmes de 60 países em 20 salas.

O documentário "Chico: artista brasileiro", do diretor Miguel Faria Júnior, resumiu cerca de 20 horas de entrevistas com o cantor, compositor, poeta e escritor.

Além das entrevistas, o diretor acompanhou o cantor nos ensaios e na produção de um show para convidados especiais, em que mostrou seu processo criativo, seu método de trabalho e seu cotidiano.

No documentário um Chico Buarque normalmente tímido e reticente à imprensa fala sobre sua obra, a ditadura e sua vida pessoal em uma entrevista a Faria Jr., que dirigiu também um documentário sobre o poeta e compositor Vinícius de Moraes que se tornou um dos mais vistos do Brasil.

O filme também inclui entrevistas com amigos do compositor, como Maria Bethania e Edu Lobo e o diretor de cinema Ruy Guerra, assim como com alguns familiares, e interpretações do próprio Chico e de outros músicos que cantaram suas composições, como Milton Nascimento e a portuguesa Carminho.

Após a exibição do documentário, que está fora da competição e estreará no Brasil em novembro, o Festival de Rio dará início a uma verdadeiro maratona de filmes, divididos em uma dezena de seções, incluindo uma dedicada a grandes professores, uma com estreias latino-americanas e uma sobre cinema negro mexicano.

Entre as produções que serão exibidas na mostra "Panorama", que reúne algumas dos filmes de mais destaque mundial recentes, estão "Tudo Vai Ficar Bem", de Wim Wenders; "Um Amor a Cada Esquina ", de Peter Bogdanovich; "11 Minutos", de Jerzy Skolimowski, e "Em Trânsito ", de Albert Mayslese.

O festival, que vai até 14 de outubro, destacará as produções brasileiras, com a exibição de 41 longas e 19 curtas-metragens.

Entre os 13 filmes brasileiros selecionados para a Premiere Brasil, a mostra competitiva do festival, que serão julgados tanto pelo júri oficial como pelo popular, estão "A Floresta que se move", de Vinícius Coimbra; "Campo Grande", de Sandra Kogut, "Mate-me por favor", de Anita Rocha da Silveira; "Mundo cão", de Marcos Jorge, e "Quase memória", de Ruy Guerra.

Um dos filmes selecionados para a Premiere Latino-Americana deste ano é "Paulina", do diretor argentino Santiago Mitre, que venceu o Prêmio Horizontes Latinos da 63ª edição do Festival de Cinema de San Sebastián, agora em setembro.

Na mostra de latino-americanos também estão "Um monstro de mil cabeças", do mexicano Rodrigo Plá; "600 Milhas", do mexicano Gabriel Ripstein; "O incêndio", do argentino Juan Schnitman; "As Escolhidas", do mexicano David Pablos, "Allende, meu avô Allende", da chilena Marcia Tambutti Allende; "Sós", da peruana Joanna Lombardi, e "O silêncio do rio", do colombiano Carlos Tribiño.

"Sala de Aula Vazia", projeto de vários latino-americanos como Gael García Bernal, Carlos Gaviria, Tatiana Huezo, Lucrecia Martel, Nicolás Pereda e Eryk Rocha, também foi selecionado.

O convidado especial este ano é o americano Hal Hartley, um dos principais diretores do cinema independente, que dará um curso e conferências sobre seus filmes "Simple Men" (1992), "Flerte" (1995) e "Ned Espingarda" (2014).

O diretor homenageado este ano com uma mostra própria é Orson Welles.

A mostra de cinema negro mexicano inclui "Diferente Amanhecer", de Julio Bracho, e alguns dos filmes mais representativos de Roberto Gavaldón, como "A Outra", "A deusa ajoelhada", "O dinheiro do diabo" e "Na palma de tua mão".

EFE   
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