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Elenco exalta Wagner Moura e diz que futurista 'Elysium' aborda crises atuais

20 set 2013 - 11h27
(atualizado às 11h27)
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Ator baiano em cena com Matt Damon do longa de ficção-científica que estreia nesta sexta no País
Ator baiano em cena com Matt Damon do longa de ficção-científica que estreia nesta sexta no País
Foto: Divulgação

O ano é 2154. E as diferenças sociais são estratosféricas. Tanto que os miseráveis habitam a Terra que está degradada, pobre, cinza, e os milionários vivem numa espécie de estação espacial brilhante e perfeita, onde a alta tecnologia traz vida longa e segurança, em um ambiente lindo, colorido e florido.

“Não é ficção científica, isso é a nossa realidade hoje, em 2013, não é sobre o futuro”, conta ao Terra o diretor de Elysium, o sul-africano Neill Blomkamp (Distrito 9), que disse ainda que o seu plano era rodar o filme no Brasil, mas acabou mudando as filmagens para os Estados Unidos e México para Elysium ter mais impacto junto ao público americano. 

“No roteiro original, o filme se passava no Rio de Janeiro e comecei a pesquisar atores de lá. Ainda assim, mesmo mudando depois o local da gravação, não abri mão de ter Wagner Moura e Alice Braga no elenco”, explica sobre o longa que estreia no País nesta sexta-feira (20).

Blomkamp rasga elogios e mais elogios ao elenco brasileiro em Elysium, principalmente a Wagner Moura. O diretor se atraiu pelo ator baiano após assistir à sua atuação em Tropa de Elite, no qual o brasileiro interpretou o já lendário Capitão Nascimento. 

"Tropa de Elite é até hoje um dos meus filmes favoritos, adorei a atuação dele, foi uma grande descoberta. E, quando vi Tropa de Elite 2, achei o filme melhor ainda e ele também”, conta ele. “Se você vir o quão diferente ele está em Elysium, se comparado ao Capitão Nascimento, vai conseguir enxergar como ele é talentoso." 

"O papel de Moura é um dos mais complicados do filme, pois no início você acha que ele é um criminoso e, a medida em que o filme se desenvolve, ele se torna um cara socialista, querendo o bem comum. É uma espécie de Che Guevara, um personagem muito difícil e ele fez muito bem”.

Blomkamp, 34 anos, ganhou holofotes depois de ter feito o filme Distrito 9, indicado ao Oscar em 2010, conquistando credibilidade junto a estúdios que apostam nele como um dos novos grandes nomes da direção. Basta ver os números: Distrito 9 teve um orçamento de US$ 30 milhões, enquanto Elysium, de US$ 115 milhões.

Parceiros de set

Matt Damon (Invictus) e Sharlton Copley (Distrito 9) seguem a mesma linha de Blomkamp e são só elogios em relação ao elenco brasileiro e à amizade que fizeram com os atores no set. 

“Foi ótimo conviver com eles e ver de perto como trabalham. Também sou fã de Tropa de Elite", disse o também sul-africano Copley. "Acho que tenho muita coisa em comum com os brasileiros e isso nos aproximou. Viemos de países parecidos e acho que pudemos nos ver em tudo isso. Temos os mesmos problemas com crimes, grandes diferenças sociais e corrupção, então este filme é uma fotografia desse mundo em que vivemos."

Damon, além dos elogios, se diverte com as lembranças do set. “Eu e o Wagner Moura estávamos vivendo o mesmo momento, com filhos pequenos. Então todos os dias chegávamos no set e nenhum dos dois tinha dormido muito à noite. Um olhava para o outro e perguntava: E ai como estão as coisas? Rimos muito com tudo isso”, recorda ele.

Damon descreve seu personagem como um cara comum, operário, que sofre um acidente e tem cinco dias para chegar ao Elysium para poder sobreviver. Ele usa uma estrutura metálica em todo o corpo, tem o cabelo raspado, corpo tatuado. “A estrutura, um exoesqueleto, tinha 12 quilos o que deixou tudo mais desafiador, principalmente numa sequência na qual luto com Sharlton, mas fez tudo ficar único, diferente. E isso é sempre bom."

Amigo de longa data do diretor Blomkamp, Copley ainda exaltou a oportunidade de trabalhar pela primeira vez com ele em um longa de enorme orçamento como o atualmente promovido. “Adoramos trabalhar juntos. Acho que tentamos proteger nossa integridade artística daquilo que achamos e queremos fazer e Blomkamp faz isso muito bem. Consegue se desprender da influência de fora que tenta moldar o filme para ser mais comercialmente vendável. Acho que temos o mesmo ponto de vista e gostamos do mesmo estilo de filme”, teoriza.

Mais similaridades

Assim como seu conterrâneo, o diretor também faz questão de enfatizar as semelhanças entre seu país natal e o Brasil, realidades tão próximas à abordada em Elysium. "Nossos países, como os outros dos Brics (Rússia, Índia e China), têm essa grande diferença entre ricos e pobres. Muitas pessoas muito pobres e outras tão ricas", lamenta ele. 

E, se não foi desta vez que conseguiu filmar em território brasileiro, Blomkamp ainda mantém o este como um de seus objetivos de carreira. “Ainda não tenho planos para algum filme específico por enquanto, mas tenho certeza de que um dia filmarei no País", sorri.

Fonte: Especial para Terra
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