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"Época de ouro" do cinema erótico brasileiro busca espaço

24 out 2015 - 19h20
(atualizado às 22h22)
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A "época de ouro" do cinema erótico brasileiro, que teve seu auge entre os anos 70, procura recuperar seu espaço com a restauração das salas e o resgate de suas memórias na literatura da atriz e fotógrafa brasileira Noelle Pine, que apresentará na segunda-feira em São Paulo um novo livro.

Pine, junto a outros atores e diretores da época, lidera uma campanha para a recuperação da conhecida 'Boca do Lixo', uma zona no centro de São Paulo que acolheu salas do cinema erótico e depois se degradou para se transformar na chamada 'Cracolândia'.

O novo lançamento de 'Luz, cama, Ação! Hollyboca' e a estreia de 'Animal Homem: A caixa de segredos', que serão apresentados na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, "são uma ponte para que as novas gerações conheçam esse lado do cinema que não puderam ver", comentou Pine à Agência Efe.

Musa do cinema erótico e do teatro brasileiro nos anos 80, Pine depois se radicou na Espanha, país onde viveu durante 18 anos e no qual desenvolveu sua carreira como fotógrafa.

A autora, que participou na Espanha do 'reality show' Big Brother, conseguiu o respaldo do diretor espanhol Pedro Almodóvar em sua iniciativa junto ao jornalista Rafael Spaca de "revitalizar" a rua Triunfo, um dos principais berços da comédia erótica, conhecidas no Brasil também como "pornochanchadas".

A atriz, uma das pioneiras dos ensaios fotográficos sensuais para mulheres comuns no Brasil, conta nos livros da Editora Laços sua experiência pessoal nesse gênero do cinema, na qual além de resgatar a história, aborda temas polêmicos e complexos desde um ponto de vista mais íntimo.

"Em um mundo que se diz muito civilizado, no qual a tecnologia revolucionou nossa forma de ver o planeta e tirar proveito dele, o ser humano ainda se contradiz tomando atitudes nefastas e contrariando tudo o que ele mesmo desenvolve", apontou a autora.

EFE   
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