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Kevin Costner tem transplante de memória em Mente Criminosa

13 abr 2016 - 15h59
(atualizado às 16h14)
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“Mente Criminosa”, de Ariel Vromen, parte de uma ideia que pede um pouco de boa vontade do público: as informações do cérebro de um homem morto podem ser transplantadas para o de outra pessoa desde que ele tenha o órgão perfeito para esse tipo de procedimento. Ou seja, um certo defeito que permita a operação e lembrança das memórias.

Não é uma ideia de todo ruim para um suspense, mas tudo se complica quando o diretor e os roteiristas Douglas Cook e David Weisberg preferem fazer um filme de ação.

Ryan Reynolds é Bill Pope, um agente de campo da CIA que está envolvido na investigação de uma conspiração de ordem global, quando é torturado até a morte por um anarcoindustrial espanhol Xavier Heimdahl (Jordi Molla). Como Pope era a única pessoa que detinha uma série de informações relevantes para desvendar o caso, seu chefe Quaker Wells (Gary Oldman) recorre ao neurocirurgião Dr. Franks (Tommy Lee Jones), detentor de uma técnica revolucionária que permite o transplante de informações.

Kevin Costner durante evento em Los Angeles em janeiro de 2015.
Kevin Costner durante evento em Los Angeles em janeiro de 2015.
Foto: Mario Anzuoni / Reuters

O único receptor em vista, por assim dizer, é Jericho Stewart (Kevin Costner, num papel recusado por Nicolas Cage). Ele é um preso com um histórico longo, e extremamente violento, cujo comportamento é explicado por sua incapacidade de sentir empatia, graças a um dano ocorrido em seu cérebro quando ainda era criança.

Jericho, porém, recebe não apenas as informações relevantes para resolver o caso, que também inclui uma ligação com um hacker internacional, conhecido apenas como O Holandês (Michael Pitt), cuja localização era conhecida apenas pelo agente falecido.

Como nas primeiras horas o receptor não é capaz de “se lembrar” de nenhuma memória de Pope, Wells pretende eliminá-lo. Mas o dr. Franks interfere em seu favor e salva sua vida. Jericho acaba fugindo da polícia para não voltar à prisão.

Poucas horas depois, quando as memórias de Pope começam a organizar-se na mente de Jericho, ele é capaz de ir até a casa do agente, usar o código de segurança e intimidar a mulher, Jill (Gal Gadot, a atual Mulher Maravilha), e a filha pequena do doador. Porém, com o tempo os sentimentos de Pope também começam a manifestar-se, e o ex-criminoso, agora aparentemente regenerado, começa a proteger as duas.

A partir daí, “Mentes Criminosas” é uma sucessão de correrias e tiroteios, transformando Jericho de um homem extremamente violento num pai de família sentimental e protetor, enquanto foge da gangue matadora e nada piedosa do espanhol. Não bastasse isso, Vromen também é dado a filosofadas sobre o poder de redenção do amor, gerando alguns momentos risíveis e piegas.

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