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Excêntrico mundo de Tim Burton chega ao Brasil com mostra em São Paulo

4 fev 2016 - 15h16
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A extravagância do cineasta Tim Burton chegou nesta quinta-feira ao Brasil por meio de desenhos, gravuras, pinturas, textos e réplicas de estátuas que repassam o lado mais criativo e versátil do diretor americano.

A mostra "O mundo de Tim Burton" mostra pela primeira vez na América Latina a intimidade do criador de "Edward Mãos de Tesoura" (1990) através de uma exposição cronológica exibida no museu da Imagem e Som de São Paulo (MIS).

A exposição reúne peças pessoais que já tinham desembarcado no Museu de Arte Moderna de Nova York (Moma), mas a montagem brasileira é diferenciada, explicou o diretor- executivo do MIS, André Sturm.

"Desde esboços em guardanapos até desenhos realizados com riqueza de detalhes, nesta exposição é possível ver detalhes esse artista que, além de diretor de cinema, mostra seu talento como escritor, ilustrador e fotógrafo", destacou Sturm.

Em uma tentativa de enfatizar o universo excêntrico de Burton, o MIS reuniu em suas primeiras salas algumas das peças que inspiraram o diretor, como imagens de filmes surrealistas japoneses, uma réplica de um quadro do pintor holandês Vincent van Gogh e alusões a poetas como Edgard Allan Poe.

Humor, terror, angústia e emoção são algumas das sensações antagônicas que a obra "burtoniana" reúne e que estão impregnadas na mostra.

A exposição exibe ainda o domínio que o diretor tem do desenho, já que os personagens de seus filmes foram desenhados por ele mesmo várias vezes antes de irem para a tela grande, o que, segundo os curadores da mostra, cria uma "relação íntima" entre o espectador e seus filmes.

O cineasta também aproveitou os guardanapos de papel para registrar suas ideias, o que ajuda a entender como seus surtos de criatividade não podem esperar e precisam ser imediatamente registrados.

A aquarela, as canetas, a cera e as plumas são alguns dos instrumentos utilizados pelo diretor de "Marte Ataca" (1996) e "Alice no País das Maravilhas" (2010) e que estarão expostos até dia 9 de abril.

Burton também explora o terreno da fotografia e, com a ajuda de uma Polaroid, imortalizou os personagens e cenários que deram origem aos seus roteiros, como no caso da série "Blue Girl".

A exibição abriga, além disso, a "criança bola", um personagem burtoniano de seis metros de altura e um olho em movimento que acompanha o visitante como se estivesse vivo.

Junto com esse boneco interativo, a mostra introduz um robô do arquivo pessoal do artista criado com material de cobre e que faz barulho em momentos aleatórios, provocando sustos e muitos risos.

Já para os fãs melancólicos, a exposição montou uma tela branca que apenas transmite o áudio de um dos curtas-metragens mais antigos de Burton em que, através de uma placa de acrílico polarizada, o visitante pode ver o filme.

O percurso através de "O mundo de Tim Burton" é um convite para entrar na vida de um personagem real de mente acelerada e imensa criatividade, que conseguiu sair do interior da Califórnia para se tornar um dos maiores diretores de Hollywood.

EFE   
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