Festival do Rio 2008

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Festival do Rio 2008

Segunda, 6 de outubro de 2008, 19h42 Atualizada às 19h42

Chico Dias fala sobre personagem em 'Praça Saens Peña'

Marcelo Lyra
Direto do Rio

O ator Chico Dias estrela o drama Praça Saens Peña, um drama sensível e discreto sobre uma família que se vê diante de novas possibilidades de trabalho. Pouco antes da estréia do filme, na noite deste domingo, ele conversou com a reportagem do Terra.

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Qual é a sua expectativa, poucos minutos antes de assistir à estréia desse filme?
Não vi o Praça Saens Peña ainda. Ele ficou pronto agora e não tive nem tempo de ver. Não estou nervoso como costumava ficar no início da carreira. Estou feliz de poder estar com uma estréia em um festival tão importante quanto este, em um filme sobre o Rio de Janeiro.

Você já trabalhou com os principais diretores de cinema do Brasil, como foi trabalhar com um estreante no longa de ficção?
O diretor Vinícius Reis é muito sério, ele já tem uma bagagem, trabalhou com o grupo Nós do Cinema, no morro do Vidigal, fez documentários. Ele é uma pessoa muito focada no que quer mostrar, nas questões humanas que aborda e na maneira de mostrar. Acho que esse filme vai surpreender o público do festival. Depois que estrear e as pessoas descobrirem o seu talento, ele não vai parar mais, vai ser uma carreira, um filme atrás do outro.

O filme tem um ritmo sutil, mais preocupado com o lado humano dos personagens.
E mostra um cotidiano comum, de forma muito muito leve, quase sem conflito. O filme tem uma dramaturgia moderna, os conflitos são submersos, quase silenciosos. Você percebe relações logo abaixo daquela superfície tranqüila. É uma relação entre um casal e o filho adolescente.

Como você se preparou para criar esse personagem?
Eu acompanhei esse projeto desde a feitura do roteiro. Isso me aproximou do tema, me deixou bem mais familiarizado quanto à maneira de entrar naquele universo, para criar o personagem.

Uma coisa interessante é que o filme mostra a Zona Norte, a Tijuca, a praça Saens Peña. É um lado do Rio de Janeiro que foi pouco mostrado pelo cinema, que costuma retratar os extremos, ou é Copacabana e Ipanema ou é o morro, a favela.
Isso foi bom porque exigiu uma pesquisa e uma atenção a uma geografia que eu mesmo não conhecia. Foi bem interessante descobrir detalhes sobre a origem da cidade lá na Tijuca. O próprio personagem exigia isso. Paulo é um professor de literatura, que redescobre o próprio bairro. Então, eu acompanhei o personagem e revi o bairro, li muito sobre a história da cidade e da Tijuca.

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