PUBLICIDADE

Curta sobre burocracias se destaca pelo senso de humor

29 set 2010 - 10h53
Compartilhar

Carol Almeida
Direto do Rio

Exibido pela primeira vez na noite dessa terça-feira (28), antes do longa Malu de Bicicleta, o curta-metragem Bartô certamente foi uma das mais agradáveis surpresas da mostra competitiva de curtas até agora. O filme de Gunter Sarfert e Onon, é de um peculiar senso de humor e sincroniza quase todos os seus elementos - roteiro, atuação, fotografia e trilha sonora - em uma história divertida sobre a conformidade daquele tipo de trabalho de escritório de onde nascem uma orgânica e contaminante inércia e apatia.

A história, que se passa em alguma data não muito distante, quando computadores com sistema DOS conviviam com máquinas de escrever, tem como protagonista o Bartô do título, ou Bartolomeu, nome que, assim como Antenor, outro funcionário do escritório, parece ser próprio de quem nasce para ser servidor público ou algo do gênero. Bartô começa a história como um entusiasta funcionário padrão, currículo premiado, diploma emoldurado, cheio de metas e tabelas na cabeça. Não é preciso dizer que todo o resto do escritório encara isso com total indiferença.

O roteiro cria uma espécie de The Office brasileiro, em que a burocracia e a indisposição não apenas para o trabalho, mas para a vida de uma maneira geral, toma conta do homem como um vírus para o qual ainda não acharam a cura. Destaque para a atuação do ator que faz Bartolomeu, Ale Abiatti, dom natural para a comédia, e para a participação especial no filme do quadrinista, escritor e nas horas vagas ator Lourenço Mutarelli, no papel de Antenor.

Cena de 'Bartô', curta da mostra competitiva
Cena de 'Bartô', curta da mostra competitiva
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade