A tentativa de criar uma única história a partir de quatro centros dramáticos, cada um conduzido por um diretor diferente, é a proposta por trás de O Circo das Qualidades Humanas.
A produção, de 1,6 milhão de reais e filmada em Congonhas do Campo, em Minas Gerais, é bem resolvido tecnicamente, como a boa direção de fotografia de Philipe Gerling, mas acaba derrapando na evolução do roteiro.
Um engenheiro paulistano, Eduardo (Jonas Bloch), desembarca na cidade para um trabalho e encontra uma mulher mítica, que ele nem sabe se existe (Paula Burlamaqui).
Um jovem perturbado e com problemas com drogas (Daniel Oliveira) enfrenta o desajuste na família. Um professor universitário (Eduardo Lago) volta à cidade onde nasceu para revisar sua vida.
Dois bandidos cariocas também estão ali para uma vingança pessoal contra um ex-delegado (Stênio Garcia). Todos esses personagens vão se cruzar nas proximidades de um bar e tomar rumos que mudarão suas vidas.
O principal problema é que o entrecruzamento destas vidas fica desequilibrado, com desenvolvimentos de personagens e situações que não raro redundam em simplismo exagerado. Nota-se um visível esforço para acertar, mas não foi desta vez.
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