Quantos cinéfilos lembram que o imbatível James Bond esteve perto do fim? A série que completou 40 anos em 2002 passou por momentos de baixa no final dos 80, ficou seis anos fora das telas e parecia condenada ao culto de velhos fãs saudosos. Mas, como se escapasse de mais uma armadilha mortal com as geringonças do cientista Q, ele ressurgiu novo em folha em 1995, no corpo do ator Pierce Brosnan. Aliás, corpo que parece feito sob medida para o smoking mais impecável da história do cinema.
007 - Um Novo Dia Para Morrer é a quarta aventura com Brosnan no papel do agente secreto. Certamente, a mais fiel à tradição da série. Até o esportivo britânico Aston Martin está de volta, depois de perder a estrada para o alemão BMW nos três filmes anteriores - GoldenEye, O Amanhã Nunca Morre e O Mundo Não é o Bastante.
Desta vez, James Bond se encrenca na Coréia do Norte. É lá que o filme começa, com uma espetacular perseguição de hovercraft em alta velocidade, através de um campo minado da zona desmilitarizada que separa as duas Coréias. O desafio de 007: desmascarar um traidor, interessado em deflagrar um guerra de proporções catastróficas. A viagem passa por Hong Kong, Cuba e Inglaterra - mais especificamente, Londres.
De um lado ao outro do mundo, ele se depara com Jinx (Halle Berry) e Miranda Frost (Rosamund Pike), que desempenharão papéis fundamentais na aventura. Seguindo as pistas do megalomaníaco Gustav Graves (Toby Stephens) e de seu cruel braço-direito Zao (Rick Yune), Bond viaja até a Islândia, onde fica o covil do vilão: um palácio feito inteiramente de gelo. Lá, ele experimenta pela primeira vez o poder de uma nova arma de alta tecnologia. Tudo se encaminha para um confronto explosivo - e um desfecho inesquecível - de volta à Coréia, onde tudo começou.
Vigésimo filme da série de James Bond, 007 - Um Novo Dia Para Morrer é dirigido por Lee Tamahori e produzido por Michael G. Wilson e Barbara Broccoli. O roteiro é de Neal Purvis e Robert Wade. Pela segunda vez, a bondgirl é interpretada por uma atriz oscarizada. Halle Berry recebeu o prêmio principal do cinema norte-americano por A Última Ceia, quando filmava com Brosnan, em março de 2002. A outra é Kim Basinger, premiada em 1998 por Los Angeles, Cidade Proibida.