23 anos. Esse foi o período que o Corinthians ficou sem títulos entre 1954 e 1977. Até que Basílio fez o gol contra a Ponte Preta que até hoje é lembrado pelos torcedores do time mais popular de São Paulo.
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Esse fato, que até hoje faz o ex-jogador ser cumprimentado e exaltado na rua, é o tema do filme 23 Anos em 7 segundos - O Fim do Jejum Corinthiano, com direção de Di Moretti.
A obra não fala apenas do jogo fatídico. Começa contando do título anterior, o Paulista de 1954, e como o time se comportou neste meio tempo.
Como o documentário não conta com o auxílio de um narrador, a história é levada por intermédio de testemunhos de jogadores da época e de figuras ligadas ao clube. Dentre as pessoas que falam sentadas em frente à câmera, destaque para as palavras do ex-jogador e comentarista esportivo Neto. O ex-camisa dez consegue arrancar gargalhadas das pessoas com suas espontaneidade.
O cantor Toquinho é destaque na parte musical, além de falar de suas experiências com o clube. Os testemunhos de Juca Kfouri e Marlene Matheus também merecem destaque.
Andrés Sánchez, Hortência, Basílio, Celso Unzelte, Geraldão, Vaguinho, Dudu Braga e Ruy Rei também falam durante o filme.
O filme mexe com o amor dos torcedores do Corinthians e com a curiosidade dos apaixonados por outros clubes. Cenas que nem os jogadores do Corinthians em 77 haviam visto são apresentadas no filme. As imagens do passado em HD também chamam a atenção.
Para retratar momentos que não foram registrados pelas câmeras, como as palavras de Oswaldo Brandão, técnico do time, durante o intervalo, o filme se vale de atores. Cenas atuais da torcida também têm espaço.
O jogo
Como não poderia faltar, o filme mostra um compacto do terceiro jogo contra a Ponte Preta, na final do Campeonato Paulista de 1977. O primeiro havia terminado em 1 x 0 a favor do Corinthians, gol de Palhinha de rosto, e o segundo em 2 x 1 para Ponte Preta.
Apesar dos lances já serem de conhecimento geral, pois são repetidos de tempos em tempos na televisão, os efeitos sonoros e o clima que a primeira parte do filme constrói na platéia fazem com que o momento seja especial.
Aos 4 minutos de jogo, uma bola chutada do meio campo que pinga no começo da área, bate na trave e escapa pela lateral tira o grito de "uh!" de quem está assistindo.
O momento que entrou para história é cronometrado. O relógio dispara no cruzamento de falta para área, os protagonistas do lance (Wladimir, Vaguinho e Basílio) vão contando o que pensaram no momento de sua participação.
Para finalizar o documentário, os protagonistas falam como foi seu pós-jogo. Destaque para lágrimas de Basílio quando fala de sua mãe. Mas a última cena foi roubada por uma pessoa que não estava nem em campo naquele dia. Neto, que faz rir o filme todo com seus comentários, termina com uma piada que não será contada aqui, apenas quem ver o filme saberá.