Gabriel tem seis anos e vive numa capital brasileira em uma rotina de compromissos em ambientes isolados. Na escola, no carro ou no apartamento onde mora, ele assiste por trás de sistemas de proteção uma realidade perto o suficiente para ser percebida, mas longe demais para ser explorada. Nesse cenário, a programação infantil da TV oferece uma opção, não de lazer, mas de êxtase e fuga. Sua imaginação busca um antídoto para o choque de perceber que as naves espaciais e as viagens ao limiar do espaço são mera ilusão.