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  Foto: Divulgação
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CLEIDE KLOCK
Direto de Los Angeles

Uma história real e muito bem guardada pela Agência de Inteligência Americana por mais de 30 anos chega às telas de cinema do Brasil nesta sexta-feira (9). O filme Argo, dirigido, estrelado e produzido por Ben Affleck, remexe nos arquivos da CIA e mostra como os agentes, em prol de seus planos, envolvem até Hollywood. O enredo, que de tão fantástico nem parece real, já desponta nas listas de apostas para o Oscar e há quem arrisque dizer que a produção assinada por Affleck estará entre as que terão mais indicações às estatuetas douradas.

O filme traz o drama da tomada da embaixada americana na capital do Irã, Teerã, em 1979, na chamada Revolução Fundamentalista, quando mais de 50 pessoas ficaram reféns. Descontentes com a postura americana de dar asilo político ao Xá Reza Pahlavi, centenas de militantes invadiram a embaixada. Essa parte da história é conhecida de quem viveu na época e acompanhou a cobertura pela imprensa ou já leu em livros de história. A parte desconhecida, e foco do filme, é um drama em paralelo: seis funcionários do consulado conseguiram fugir com a ajuda de um embaixador canadense, ficaram refugiados na casa dele, até a CIA desenvolver um plano de resgate.

O agente Tony Mendez (papel de Affleck) bolou o seguinte plano: fazer de conta que eram cineastas canadenses de uma grande produção (de nome Argo) e ir a Teerã fazer uma pesquisa de cenários, possíveis locais de locação e então envolver os seis refugiados como parte da equipe. O restante só vendo na tela - tudo com cara de uma produção da década de 1970. "O maior desafio foi fazer com a tecnologia de hoje um filme que parecesse ser de mais de 30 anos", disse Ben Affleck em entrevista ao Terra, em Los Angeles, depois de afirmar que, quando viu o roteiro, foi amor à primeira vista: "sempre que apresentam um roteiro para a gente dizem que é o melhor do mundo, por isso nem levo em conta. Mas, depois de ler o de Argo, tive certeza que era o melhor que passou pelas minhas mãos nos últimos anos", disse ele, que assina a produção junto com George Clooney.

O ator/diretor conta ainda que não se arriscou filmar no Irã: "gostaria muito, mas tudo se tornou muito difícil logisticamente. O fato de o país talvez politizar a história do filme também deixou tudo mais arriscado". Para Affleck, a questão política é uma parte do filme, mas ele diz que não gostaria de ver as pessoas apenas levando por esse lado. "Eu diria que o filme é sobre democracia.

Não tem bandeira política, sei que ao redor do mundo as pessoas têm fortes sentimentos pelo que acontece lá no Irã, mas o que quero mostrar acima de tudo é como são importantes as relações internacionais", conta ele, que dedicou boa parte da vida a estudar o Oriente Médio. As filmagens foram feitas em Istambul, na Turquia, e também em Los Angeles e Washington. O aeroporto de Teerã foi todo recriado a 100km de Los Angeles, num antigo terminal do aeroporto de Ontário: foram colocadas sinalizações em farsi, cartazes de Aiatolás e a parte externa foi criada em computação gráfica, com paisagens de Teerã e até um Boeing 747 virtual.

<a href="http://www.terra.com.br/cinema/infograficos/oscar/vencedores/iframe.htm">veja o infográfico</a>

 
Ficha Técnica
Titulo original Argo
Gênero Drama
Ano 2012
Distribuidora Warner
Diretor Ben Affleck
Elenco Ben Affleck, John Goodman, Bryan Cranston, Michael Parks
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