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Filme e exposição sobre artista britânico Turner revelam mestre da pintura a uma nova geração

26 nov 2014 - 12h11
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Com um retrato épico digno de uma obra de arte, o novo filme sobre Joseph Mallord William Turner, um dos maiores pintores da história da Grã-Bretanha, está trazendo ao artista romântico uma nova geração de admiradores. 

Diretor Mike Leigh e atores Dorothy Atkinson, Timothy Spall e Marion Bailey posam para foto em evento de divulgação de "Mr. Turner" no Festival de Cannes. 15/05/2014
Diretor Mike Leigh e atores Dorothy Atkinson, Timothy Spall e Marion Bailey posam para foto em evento de divulgação de "Mr. Turner" no Festival de Cannes. 15/05/2014
Foto: Benoit Tessier / Reuters

Turner distorceu as convenções do século 19 ao pintar a vitalidade, desafiando as fronteiras do realismo e da abstração com uma ousadia que antecedia grandes impressionistas como Claude Monet e Camille Pissarro.

Mais de 150 anos após a morte de Turner, em 1851, o filme “Mr. Turner”, dirigido por Mike Leigh, explora a vida do londrino que usou trapos de roupa, cuspe e seus dedos para criar alguns dos mais impressionantes quadros britânicos. 

Os cinéfilos também podem ver uma exibição dos últimos trabalhos revolucionários de Turner na galeria londrina Tate. 

“Todo mundo pode encontrar seu próprio Turner”, disse à Reuters David Brown, curador de arte britânica do Tate do período 1790 a 1850. “Ele tem tanto a oferecer. É à cor pura e ao entusiasmo do quadro que as pessoas respondem." 

Brown disse que queria exibir a largura do trabalho de Turner, levando-o de volta a seu contexto sem retratá-lo apenas como uma mais um adepto de movimentos como os utilizados pelos impressionistas pelo expressionistas abstratos. 

Às vezes desagradável e até mesmo grosseiro, o Turner do filme de Leigh também pode ser charmoso e divertido, irrompendo em uma música para agradar sua amante, Sophia Booth.

Por trás da bravata do artista jaz seu gênio. Em uma cena, enquanto os maiores artistas da época estavam dando os retoques finais de trabalhos a serem exibidos na Academia Real, Turner se diferenciava com seus próprios quadros de barcos ao mar manchados com borrões de pinceladas de vermelho no centro da peça - que depois foram improvisados como uma boia. 

Essa atitude displicente enfurecia seu maior rival, John Constable, que trabalhava já mais de uma década em seu magistral quadro “A Abertura da Ponte de Waterloo”. 

O diretor do filme é conhecido por passar meses com os atores de filmar os personagens, e por usar improvisações para ajudar a desenvolver o roteiro. O retrato de Turner deu o prêmio de melhor ator em Cannes para Timothy Spall, gerando especulações sobre um potencial Oscar. 

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