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Festival de Gramado 2005
Segunda, 15 de agosto de 2005, 13h36  Atualizada às 14h26
Festival de Gramado promove documentários
 
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O Festival de Cinema de Gramado, um dos mais antigos do Brasil, começa sua 33ª edição nesta noite de segunda-feira, lutando para ter um diferencial diante da concorrência de dezenas de outros eventos do gênero criados nos últimos anos pelo País afora.

O festival abre com a exibição do documentário Soy Cuba - O Mamute Siberiano, de Vicente Ferraz, e da ficção Carreiras, de Domingos de Oliveira.

Festivais como o do Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Goiânia, Belém, Manaus e outros vieram para ficar, alguns com um potencial de atração internacional que Gramado não tem.

Em compensação, Gramado internacionalizou-se bem antes, nos anos 1990, quando abriu sua competição a produções latinas - o que até hoje é uma marca exclusiva.

Gramado conseguiu assim sobreviver à crise e ajudar a romper um certo isolamento do Brasil em relação ao resto de um continente que quase todo fala espanhol, bem como em relação a Portugal, que todo ano tem um representante nesta seleção.

Mas, se a sessão latina se manteve até hoje, este ano ela dá sinais de que perde prestígio em relação aos documentários nacionais, que nos últimos anos vêm demonstrando sua criatividade com poucos recursos e sintonia direta com as grandes questões e personagens do Brasil.

Assim, os quatro documentários da competição serão exibidos na sessão nobre do evento, antes dos longas de ficção, tradicionalmente a prata da casa do festival. A sessão latina foi destronada para o horário da tarde, onde até o ano passado estavam os documentários, às 14h30 e 16h30.

Em competição
Os documentários concorrentes são Do Luto à Luta, mergulho no universo da síndrome de Down do cineasta fluminense radicado em São Paulo Evaldo Mocarzel; Soy Cuba - O Mamute Siberiano, do carioca Vicente Ferraz, sobre o lendário filme feito em Cuba nos anos 1960 pelo cineasta russo Mikhail Kalatosov; Doutores da Alegria, da paulista Mara Mourão, relatando o trabalho desses palhaços voluntários em hospitais; e Em Trânsito, de Henri Arraes Gervaiseau, sobre um dos problemas mais desafiadores da metrópole paulistana.

São seis longas de ficção, alguns comportando grandes expectativas, como é o caso de Gaijin - Ama-me como Sou, de Tizuka Yamasaki. O filme foi rodado entre Brasil e Japão, com um elenco internacional encabeçado pela nipo-americana Tamlyn Tomita (O Dia Depois de Amanhã).

Outro veterano é Domingos de Oliveira, já premiado em Gramado anteriormente com Amores e Separações. Ele apresenta outra comédia dramática urbana, Carreiras.

Um estreante na direção é o ator Paulo Betti, que assina com Clóvis Garcia o esperado Cafundó, sobre um lendário líder negro saído das senzalas do século 19.

Se no ano passado faltaram os tradicionais épicos gaúchos, este ano há pelo menos um filme concorrente que cabe no figurino: trata-se de Diário de um Novo Mundo, de Paulo Nascimento, um dos quatro gaúchos entre os concorrentes de ficção.

Fora ele, também são do Rio Grande do Sul a própria Tizuka Yamasaki, Carlos Gerbase, que comparece com Sal de Prata, e também Beto Souza, o co-diretor de Netto Perde sua Alma, trazendo agora Cerro do Jarau, uma história moderna, estrelada por Tarcísio Meira Filho, mas encharcada em lendas gaúchas.

Tanto Cerro do Jarau como o documentário Do Luto à Luta já foram exibidos e premiados no Festival de Recife, em abril. O documentário de Mocarzel também foi premiado no Festival de Belém, em julho.

Latinos e homenageados
A sessão latina traz sete longas: dois argentinos, Buenos Aires 100 km, de Pablo Jose Meza, e Por un Mundo Menos Peor, de Alejandro Agresti; um chileno, Mala Leche, de Leon Errazuris; um cubano, Roble de Olor, de Rigoberto Lopez; um português, Kiss Me, de António da Cunha Teles; um mexicano, Un Dia sin Mexicanos, de Sergio Arau, e um raro exemplar da cinematografia venezuelana, Punto y Raya, de Elia Schneider.

Correndo por fora da competição, procurando tornar-se o filme-evento da temporada, aparece Nossa Senhora de Caravaggio - O Filme, do diretor Fábio Barreto.

Aparentemente entusiasmado pela temática religiosa que já abordou em A Paixão de Jacobina, Barreto agora dirige uma história centrada na devoção a Nossa Senhora. A promoção do filme prevê uma procissão de 1 km, saindo da frente do Palácio dos Festivais na terça-feira, com direito à presença de uma imagem trazida do santuário com seu nome em Farroupilha (RS), que tem 120 anos e ficará em exposição na entrada de um dos hotéis da cidade.

Os homenageados desta edição serão o cineasta Hector Babenco e os atores Glória Menezes e Tarcísio Meira. Outra novidade está numa mostra de animação, com 36 curtas-metragens, dentro de um evento paralelo, o Gramado Cine Vídeo.
 

Reuters

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