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Festival de Gramado 2005
Sexta, 19 de agosto de 2005, 12h57 
Festival de Gramado chega à reta final sem filmes favoritos
 
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A quarta noite do Festival de Cinema de Gramado, na quinta-feira, reabilitou o conceito da cineasta paulista Mara Mourão. Ela deixou para trás a má impressão junto à crítica de seu filme anterior, Avassaladoras, revelando sensibilidade como documentarista na realização de Doutores da Alegria.

O filme apresenta o trabalho de atores que trabalham voluntariamente como palhaços junto a hospitais infantis, contribuindo para animar o cotidiano de milhares de crianças, muitas sofrendo os efeitos de tratamentos dolorosos e prolongados.

Em compensação, o longa nacional de ficção, Sal de Prata, novo filme do gaúcho Carlos Gerbase, revelou-se pouco mais do que um tedioso exercício de estilo. Nome ligado à produtora Casa de Cinema de Porto Alegre, ao lado de Jorge Furtado, Gerbase tem um merecido conceito profissional, como roteirista de minisséries de TV, como Engraçadinha e O Memorial de Maria Moura.

Entretanto, este seu segundo longa (o primeiro foi Tolerância, em 2000), apesar de desenvolvido em cooperação com o laboratório do Festival de Sundance, não decola. O enredo mistura realidade e ficção no triângulo amoroso formado por uma analista financeira (Maria Fernanda Cândido), um cineasta frustrado (Marcos Breda) e uma atriz (Camila Pitanga).

Por isso mesmo, nesta sexta-feira, último dia da competição, é possível dizer que o festival não tem favoritos. Tudo pode acontecer na premiação, marcada para a noite de sábado.

Mas, pelo volume de seus orçamentos, o forte aparato de divulgação e os elencos estrelados, pode-se imaginar que os dois concorrentes de maior peso ao prêmio de melhor filme sejam mesmo o gaúcho Sal de Prata e a co-produção nipo-brasileira Gaijin- Ama-me como Sou, de Tizuka Yamasaki.

Há algumas outras apostas, como Patrícia Rozenbaum para melhor atriz, por Carreiras, de Domingos de Oliveira. Mas Maria Fernanda Cândido, que já venceu em Gramado há dois anos por sua atuação em Dom, pode surpreender.

Como melhor ator, Lázaro Ramos seria uma bom palpite por seu trabalho em Cafundó, de Paulo Betti ¿ um filme muito bem-produzido mas que mostra mais garra como retrato do Brasil pós-abolição do século 19 do que em sua dramaturgia.

Entretanto, Jorge Perugorría, o ator cubano que está no festival, atuando em dois filmes (em Gaijin e no cubano Roble de Olor), poderia ficar com o troféu.

Entre os latinos, os melhores até agora foram o argentino Buenos Aires 100 Km, de Pablo José Meza, e o venezuelano Punto y Raya, da cineasta Elia Schneider, que enveredaram pelo caminho simples e investiram sua energia em histórias humanas.
 

Reuters

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