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Cinema

 
 

Bressane e Sganzerla vencem o Festival de Brasília

25 de novembro de 2003 23h33 atualizado em 30 de janeiro de 2004 às 13h00

Cena de  Filme de Amor  de Julio Bressane. Foto: Divulgação

Cena de Filme de Amor de Julio Bressane
Foto: Divulgação

Os veteranos cineastas Julio Bressane e Rogerio Sganzerla foram os grandes vencedores da 36ª edição do Festival de Brasília, cuja premiação foi divulgada na noite da terça-feira.

Festival de Brasília 2001
Festival de Brasília 2000
Festival de Brasília 1999
Na categoria longa-metragem de 35 mm, Bressane teve o seu Filme de Amor eleito como o melhor filme pelo júri, composto por Affonso Beato, Alain Fresnot, Ana Miranda, José Geraldo Couto, Luiz Fernando Carvalho, Márcio Curi e Raul Cortez.

O diretor de Matou a Família e Foi ao Cinema ganhou 80 mil reais pelo prêmio. Filme de Amor venceu ainda nas categorias melhor fotografia, em trabalho de Walter Carvalho, e trilha-sonora, por Guilherme Vaz.

Sganzerla, autor do clássico O Bandido da Luz Vermelha, levou o prêmio de melhor direção, de 20 mil reais, por Signo do Caos. O filme e o diretor foram lembrados ainda pelo júri na eleição da melhor montagem, feita em parceria com Silvio Renoldi.

O júri deu ainda um prêmio especial para Garotas do ABC, filme de outro veterano, Carlos Reichenbach. Enio Gonçalves e Vera Mancini ganharam os prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante por suas participações na película.

Harmada, de Maurice Capovilla. A melhor atriz foi Ruth Rieser, de Lost Zweig, de Sylvio Back - outro cineasta entre os mais conhecidos do país.

Back ganhou ainda o prêmio de melhor roteiro, elaborado com Nichollas O'Neir. Lost Zweig teve ainda a melhor direção de arte, de Bárbara Quadros.

Troféu Candango
O prêmio da crítica, conhecido como Troféu Candango e não-remunerado, foi dado para Silvio Tendler, por Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil. O Candango para curta-metragens ficou com Transsubstancial, de Torquato Joel.

Outro grande vencedor do festival, Tendler levou ainda o prêmio do júri popular e ganhou 30 mil reais pelo filme em homenagem a Glauber Rocha. O público elegeu ainda Momento Trágico, de Cibele Amaral, como melhor curta-metragem.

Entre os longas de 16 mm, o vencedor foi Suicídio Cidadão, de Iberê Carvalho, 15 mil. A melhor direção ficou com Felipe Bragança e Marina Meliande, a dupla de Por dentro de uma Gota D'Água.

Os jurados consideraram o roteiro de Nada a Declarar, de Gustavo Acioli, o melhor entre as películas de 16 mm; a melhor fotografia, a de Kika Nicolela em Estória Alegre, de Claudia Tucci; a melhor montagem, a de Rogério Brasil Ferrari em Justiça Infinita, de Cacá Nazário.

O prêmio especial nessa categoria foi dado ao documentário Cinema Pagador, de Isabel Ribeiro e Henrique Pires. O júri concedeu ainda menção honrosa para o ator Emanuel Cavalcante, de Por Dentro de uma Gota D'Água, e para o documentário Procurando Falatório, de Luciana Tanure.

Curtas
O melhor curta-metragem de 35 mm foi Rua da Amargura, que rendeu 20 mil reais ao diretor Rafael Conde. A melhor direção foi a de Camilo Cavalcante em A História da Eternidade.

Os atores Augusto Madeira e Claudio Mendes venceram entre os curtas por Truques, Xaropes e Outros Artigos de Confiança, de Eduardo Goldenstein. A atriz escolhida foi Cibele Amaral, também diretora de Momento Trágico, que ganhou ainda o prêmio especial do júri para curtas.

Goldenstein também ganhou em Brasília pelo melhor roteiro entre curtas-metragens. Foi premiada ainda a fotografia de Zé Pedro Gollo, de Rodrigo Enevello.

O secretário de Cultura do Distrito Federal, Pedro Henrique Lopes Borio, comemorava antes da entrega dos prêmios a venda de filmes para países de todo o mundo, como México, Estados Unidos, França, Holanda, Itália e Austrália.

"Estamos com 70 contratos encaminhados para comercialização de 40 filmes e isso se compara ao que o Brasil só conseguiu em grandes festivais como Cannes ou Berlim", afirmou.

Reuters
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