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Cinema

 
 

"Primer" e "DIG!" vencem o Sundance 2004

25 de janeiro de 2004 17h51 atualizado às 18h08

Cena do filme  Primer. Foto: Divulgação

Cena do filme Primer
Foto: Divulgação

O Festival de Cinema de Sundance reforçou seu caráter independente ao premiar dois azarões, o drama Primer e o documentário DIG!. Oficialmente, o festival realizado na estação de esqui de Park City, Utah, só terminou no domingo, mas os vencedores foram anunciados no sábado à noite. Sundance é o principal festival de cinema independente dos Estados Unidos.

Primer, sobre dois rapazes que inventam uma máquina do tempo que muda suas vidas para sempre, recebeu o grande prêmio do júri para melhor filme de drama, e DIG!, sobre a rivalidade dos músicos das bandas de rock, levou o grande prêmio do júri para melhor documentário. Ao receber o prêmio por "Primer", o autor e diretor Shane Carruth, disse que estava atônito e agradeceu a "um elenco que também serviu como equipe de filmagem do longa, financiado por um baixíssimo orçamento de US$ 7 mil".

DIG! é um típico vencedor de Sundance: esteve fora das listas de muitos críticos, mas conquistou fãs durante os dez dias do festival. O diretor Ondi Timoner, que tomou empréstimos para fazer DIG!, disse: "espero fazer um trabalho ainda mais significativo em breve, e, quem sabe, sem ter que financiá-lo eu mesmo". A cada ano, 16 documentários competem em Sundance.

O público do festival também elege seus favoritos, que recebem o prêmio da audiência. Este ano, os escolhidos foram Maria Full of Grace - sobre uma colombiana que contrabandeia drogas para os EUA - e Born Into Brothels - sobre crianças que crescem no bairro da prostituição em Calcutá.

Morgan Spurlock, que durante 30 dias comeu somente refeições no McDonald's para narrar em filme o impacto da fast-food sobre o seu corpo, foi escolhido o melhor diretor de documentário por Super Size Me, enquanto Deborah Granik recebeu o mesmo prêmio pelo longa de ficção Down To The Bone. O filme fala da luta de uma mãe da classe operária contra o vício nas drogas.

O prêmio de fotografia de ficção foi para Nancy Schreiber pelo obscuro drama November, protagonizado por Courteney Cox (a Monica de Friends, num surpreendente papel dramático), que vive uma mulher que tenta superar o trauma do assassinato do namorado. A melhor fotografia de documentário foi para Fearne Pearlstein, cujo filme Imelda ilustra a vida da ex-primeira dama das Filipinas.

O prêmio de melhor roteiro de ficção foi para Larry Gross, por We Don't Live Here Anymore, sobre dois casais cujos casamentos estão em crise. Sundance também tem uma categoria que premia filmes internacionais - e os vencedores este ano foram dois canadenses. Seducing Doctor Lewis, sobre a tentativa de um pequeno povoado em atrair um médico, ganhou o prêmio de melhor ficção; The Corporation, que revela uma empresa como uma instituição social, foi o documentário escolhido.

Reuters
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