Na terça, um dia antes de o evento começar, a polícia do aeroporto de Nice, o mais próximo de Cannes, explodiu uma bolsa suspeita que encontrou nos arredores.
A vitalidade latino-americana estará representada pelo brasileiro Walter Salles, com seu Diários de motocicleta, inspirada nos anos de juventude de Ernesto "Che" Guevara
O cinema em espanhol terá importância no festival não somente por A má educação, de Pedro Almodóvar, que abre o festival, mas pelo filme da argentina Lucrecia Martel La niña santa, que recebeu excelentes críticas em seu país de origem.
Como em edições anteriores, França e EUA, com três filmes cada, ocuparão o primeiro lugar em número de filmes selecionados para competir pela Palma de Ouro.
A lista de países que competem pelo troféu continua com a Coréia do Sul, com dois filmes, Old Boy, de Park Chan-Wook, e La femme est l'advir de l'homme, de Hong Sang Soo; e Japão, com dois títulos, Nobody Knows, de Kore-Eda Hirokazu, e Innocence, de Oshii Mamoru.
Também do Extremo Oriente, serão projetados Tropical Malady, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, e 2046, do chinês Wong Kar-Wai.
A França competirá com Exils, do cineasta cigano de origem argelina Tony Gatlif; Clean, de Olivier Assayas, e Comme une image, de Agnes Jaoui.
Os outros filmes europeus na competição são Le conseguenze dell'amore, do italiano Paolo Sorrentino; Edukators, de Hans Weingartner, com quem a Alemanha volta a disputar a Palma de Ouro depois de doze anos de ausência; The Life and Death of Peter Sellers, do britânico de origem jamaicana Stephen Hopkins, e La vie est un miracle, do bósnio Emir Kusturica.
Dos Estados Unidos, o sempre polêmico e deslumbrante Michael Moore trará Fahrenheit 9/11, uma denúncia sobre a corrupção no atual governo dos EUA depois dos atentados do 11 de setembro de 2001, e os irmãos Coen, concorrerão com Ladykillers.
Depois do sucesso de Shrek, os americanos Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon voltarão com a segunda parte do filme, e a outra animação na competição é Innocence.
Fora de competição, os filmes latino-americanos que serão apresentadas em Cannes incluem Salvador Allende, do chileno Patricio Guzmán, e Glauber o filme, labirinto do Brasil, do brasileiro Silvio Tendler.
Na seção oficial paralela chamada "Um certo olhar" poderão ser vistos Whisky, dos uruguaios Juan-Pablo Rebella e Pablo Stoll, e Crônicas, do equatoriano Sebastián Cordero.
No jurado, presidido por Quentin Tarantino (EUA), haverá mais três americanos: o escritor Edwidge Danticat, a atriz Kathleen Turner e o diretor Jerry Schatzberg, além da atriz francesa Emmanuelle Beart, da britânica Tilda Swinton, do ator e roteirista belga Benoit Poelwoorde, do crítico finlandês Peter Von Bagh e do diretor Tsui Hark, Hong Kong.
Além da competição, França apresentará sete filmes, três deles na seção "Um certo olhar", que tem jurado próprio, e os EUA oito, quatro delas fora de competição.
Estarão presentes no evento representantes dos 25 ministérios de Cultura que em 18 de maio participarão pelo segundo ano consecutivo de um Dia da Europa, organizado em colaboração com a Comissão da União Européia (UE) sobre o tema "Tornar-se cineasta".
A espanhola Penélope Cruz, protagonista de Non ti muovere, do italiano Sergio Castellito, selecionada em "Um certo olhar", é uma das estrelas que já confirmaram sua presença, junto com o compatriota Leonor Watling, o mexicano Gael García Bernal, os americanos Cameron Díaz, Uma Thurman e Brad Pitt, a chinesa Gongo Li e a francesa Sophie Marceau, entre outras.
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