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Cinema

 
 

Tarantino fala sobre pirataria em Cannes

12 de maio de 2004 15h47

O diretor Quentin Tarantino. Foto: Reuters

O diretor Quentin Tarantino
Foto: Reuters

Nem todo mundo em Hollywood pensa que a pirataria de filmes é algo completamente ruim.

O diretor Quentin Tarantino expressou na terça-feira gratidão às pessoas que vendem cópias contrabandeadas de seu filme vencedor do Oscar Pulp Fiction na China, país onde o trabalho não seria lançado não fosse a pirataria.

Ele também se disse feliz de que determinados filmes raros, fora de catálogo, possam ser encontrados no mercado negro. "Seria um mentiroso se me dissesse contra a pirataria", afirmou Tarantino.

Suas controversas declarações foram dadas durante um seminário antipirataria, que aconteceu um dia antes da abertura do Festival de Cinema de Cannes. Tarantino, autor também de Kill Bill, vai chefiar o júri do festival deste ano.

Os participantes do encontro ouviram dados alarmantes do aumento do problema na Europa. Para se ter um exemplo, cerca de 700 mil cópias ilegais do filme alemão Adeus, Lênin! já estavam em circulação quando o trabalho foi lançado em vídeo, o equivalente a uma perda de aproximadamente 3 milhões de euros.

A Motion Picture Association (MPA), representante dos principais estúdios de Hollywood, estima prejuízos mundiais de cerca de US$ 3,5 bilhões para seus membros.

O aumento da pirataria online é mais difícil de ser avaliado, mas o diretor regional da MPA, Dara MacGreevy, disse que seu crescimento é preocupante.

"Downloads ilegais estão aumentando muito mais rápido na Europa do que em qualquer outro lugar do mundo", afirmou.

Reuters
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