Cameron Diaz, Mike Myers e Antonio Banderas apresentam Shrek 2 em Cannes
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Desta vez, Shrek (Mike Myers), sua amada, a princesa-ogra Fiona (Cameron Diaz), capaz de derrotar ferozes agressores com três golpes de caratê, e o burro charlatão (Eddie Murphy) contracenam com um novo e cativante personagem, o gato de botas, que recebeu a voz do astro espanhol Antonio Banderas.
Exibido em competição, o filme provocou as gargalhadas do público do Festival e levou um pouco de alegria à seleção oficial, depois de três dias de dores e dramas.
Shrek e Fiona se casaram. Porém, o final feliz não é definitivo. O ogro, que viveu aventuras perigosas e combateu um dragão para conquistar o coração de sua amada no primeiro filme, agora tem que enfrentar um perigo ainda maior: seus sogros.
Recém-casados, Shrek e Fiona são convidados pelo rei Harold (John Cleese) e a rainha Lillian (Julie Andrews) a visitá-los em seu reino, que se parece terrivelmente com Hollywood.
O rei está decidio a terminar com o casamento da filha, que considera catastrófico. Para isso, recorre à fada madrinha (Jennifer Saunders), ao príncipe encantado (Rupert Everett) e a um assassino de aluguel capaz de assumir a difícil tarefa de livrar o reino de um ogro: o gato de botas.
A seqüência tem o mesmo humor, a mesma impertinência e mordacidade, fazendo uma paródia do mundo atual, do primeiro Shrek.
Muitos personagens do imaginário infantil e do cinema aparecem no filme, como Pinóquio, Chapeuzinho Vermelho e um King Kong de biscoito, entre outros.
Tudo isso em um reino medieval-hollywodiano no qual todos são obcecados pela beleza e comem hamburgueres. As poções mágicas e os filtros de amor são fabricados em série em uma enorme fábrica.
Em resumo, o filme possui todos os elementos para ter o mesmo sucesso que o primeiro Shrek conseguiu.
Produzido pela Dreamworks, Shrek 2 foi dirigido por três cineastas, Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon.
No Brasil, um dos dubladores é Pedro Bial, apresentador da Rede Globo. Ele fará a voz de uma mulher, a irmã de Shrek. O ogro terá novamente a voz de Bussunda. No Brasil, a animação estréia em 18 de junho.
O segundo filme em competição exibido este sábado, Old boy, do sul-coreano Park Chan-wook, é a adaptação de um "mangá", as histórias em quadrinhos japonesas.
Com uma violência extrema, o longa-metragem conta uma história de vingança. Um homem é seqüestrado sem nenhum motivo aparente e mantido totalmente isolado em uma casa durante vários anos. Uma televisão é seu único contato com o mundo. Pelo aparelho ele fica sabendo que sua mulher foi assassinada e que o crime é atribuído a ele.
Depois de 15 anos como refém, ele é liberado. Seu seqüestrador se comunica por telefone e o desafia a descobrir quem ele é e qual o motivo do crime.
O filme conseguiu um grande sucesso de bilheteria na Coréia do Sul. Filmado com maestria, apesar de um roteiro um pouco confuso, Old boy causa impacto sobretudo por causa da violência de suas cenas, algumas praticamente insuportáveis.
Porém, este gênero está entre as referências cinematográficas que aparecem de maneira abundante em Kill Bill, de Quentin Tarantino, cineasta americano que preside o júri do Festival de Cannes este ano.
- Redação Terra