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Cinema

 
 

Gilberto Gil reverencia o Brasil em Cannes

16 de maio de 2004 19h05 atualizado às 18h57

Gilberto Gil e  Flora Gil. Foto: Reuters

Gilberto Gil e Flora Gil
Foto: Reuters

O diretor artístico do Festival de Cannes, Thierry Fremont, abriu neste domingo, na presença do ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, uma homenagem à sétima arte do país no quadragésimo aniversário do Cinema Novo.

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Entre as várias personalidades e artistas que assistiram ao ato estavam o cineasta Cacá Diegues e José Wilker, que atuou no filme Bye Bye Brasil (1979), usado hoje para começar a homenagem.

"A América Latina está em Cannes" este ano com produções brasileiras, mexicanas, argentinas, equatorianas e uruguaias, e na quarta-feira estreará na competição pela Palma de Ouro o filme Diários de Motocicleta, do brasileiro Walter Salles, disse Fremont.

Mas, além disso, o Festival queria há tempos lembrar o passado, afirmou.

"Trabalhando com a diretora do Festival de Río, Ilda Santiago, (...) percebemos que faz 40 anos estreou em Cannes o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e quisemos dedicar uma homenagem particular ao Brasil", afirmou.

Gil afirmou que a homenagem "também significa o reconhecimento da importância do cinema brasileiro e sua consolidação como um cinema importante".

Ao celebrar "esta ocasião especial", Gilberto Gil lembrou a calorosa recepção que o Festival de Cannes dedicou ao cinema brasileiro.

Em breve alocução, Cacá Dieges fez uma homenagem dentro da homenagem, "dos cineastas a seus produtores", Lucy e Luis Carlos Barreto, sem os quais não existiriam os filmes que serão projetados nos próximos dias em Cannes nem muitos outros.

"O Brasil é um país onde se faz cinema há muito tempo, mas não de maneira regular. Há ciclos, e agora estamos vivendo um recomeço", disse.

"Dar um olhada no passado é muito bom, mas eu quero fazer como se tudo estivesse começando", afirmou Cacá Diegues.

Fremont disse que na homenagem, devido à qual nesta segunda-feira será realizada em Cannes uma festa brasileira, serão exibidos filmes "que é importante voltar a ver", clássicos como Macuanaíma, de Joaquim Pedro de Andrade (1959), e Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos (1953).

A lista tem ainda Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, que ganhou a Palma de Ouro; e Dona Flor e seus dois maridos (1976), de Bruno Barretto.

Outra seção da seleção oficial, fora de concurso, mostrará o documentário filme Glauber o filme, labirinto do Brasil, de Silvio Tendler.

Além disso, na seção oficial de curta-metragens, Erik Rocha, filho de Glauber, está concorrendo com Quimera.

EFE
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  1. O Brasil mereceu uma deferência especial do Festival de Cannes na noite deste domingo  Foto: Reuters

    O Brasil mereceu uma deferência especial do Festival de Cannes na noite deste domingo

    Reuters
    Foto: Reuters

  2. o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e sua mulher, a produtora Flora Gil, chamaram as atenções  Foto: Reuters

    o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e sua mulher, a produtora Flora Gil, chamaram as atenções

    Reuters
    Foto: Reuters

  3. Gil agradeceu, também, a deferência recebida pelo país, frisando seu poder de reforço no moral do cinema brasileiro  Foto: Reuters

    Gil agradeceu, também, a deferência recebida pelo país, frisando seu "poder de reforço no moral do cinema brasileiro"

    Reuters
    Foto: Reuters

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