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Cinema

 
 

Sharon Stone, Brasil e Kar-wai são destaque do dia

20 de maio de 2004 23h03 atualizado às 23h03

Sharon Stone e Lisa Minnelli cantaram juntas em evento contra a Aids em Cannes. Foto: Reuters

Sharon Stone e Lisa Minnelli cantaram juntas em evento contra a Aids em Cannes
Foto: Reuters

A bela Sharon Stone, exibições de clássicos brasileiros como Macunaima e Terra em Transe e a estréia de 2.046, ficção futurista do cineasta de Hong Kong Wong Kar-wai finalizado momentos antes da exibição, foram o destaque do Festival de Cannes nesta quinta-feira.

Sharon Stone, Liza Minelli e outras celebridades contra a Aids
Wong Kar-wai lança 2.046

2046, novo filme de Kar-wai, estreou sob muita expectativa. O cineasta, famoso por ter feito Amor à Flor da Pele (2000) e por tender a acabar seus filmes sempre no último minuto, chegou durante a tarde ao Palácio do Festival, junto com sua equipe, acompanhado por cerca de vinte limusines oficiais.

As duas projeções prévias para a imprensa e a entrevista coletiva previstas para acontecer esta quinta tiveram que ser canceladas, o que gerou um grande transtorno na complexa agenda de projeções dos dois últimos dias do Festival. O filme, apesar de tudo, chegou a tempo para a estréia.

Pelo que parece, uma empresa francesa de efeitos especiais conseguiu terminar com êxito a missão impossível encomendada há apenas 15 dias pela produção de 2.046, depois que Wong Kar-wai decidiu mudar algumas cenas.

O outro filme em competição exibido nesta quinta foi Innocence, desenho animado do japonês Mamuro Oshii, baseado num clássico do "mangá", HQ japonesa.

Brasil
Outro destaque de quinta foi o documentário Glauber o Filme, Labirinto do Brasil, do brasileiro Silvio Tendler, exibido em caráter hors-concours da seção oficial da mostra.

A seção Cannes Classics, que este ano homenageia os 40 anos do Cinema Novo, exibiu Terra em Transe, de Glauber, e Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade.

A seção em homenagem ao Cinema Novo exibirá, ainda, Bye bye Brasil (1979), de Cacá Diegues, Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, e O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, Palma de Ouro em 1962.

Excessivo e taxativo em suas opções, Glauber Rocha é a maior figura desta corrente e marcou a história do cinema com filmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol.

Em Cannes, o cineasta baiano foi consagrado três vezes: em 1967, com o prêmio da crítica internacional Fipresci por Terra em Transe, em 1969, com o de Melhor Direção por Antonio das Mortes, e em 1977 com o prêmio especial do júri de Curta-Metragem por Di Cavalcanti.

Dueto de estrelas
Outro destaque foi a reunião à noite de celebridades no restaurante Moulin de Mougins, nos arredores de Cannes, em evento para angariar fundos para o Amfar, sigla em inglês para Fundação Americana de Pesquisa da Aids.

Entre os presentes estavam o ator americano Kevin Kline, a socialite Ivana Trump, mulher do milionário Donald Trump, Sharon Stone e Liza Minnelli, que brincaram e cantaram juntas. Liza ainda prestou uma emocionada homenagem à mãe, Judy Garland. "Nunca fiz isso", disse a atriz à platéia, antes de cantar You Made me Love You.

Outro que roubou a cena foi o cantor Rod Stewart, que apareceu em um kilt - veste típica escocesa - e com a namorada Penny Lancaster.

Redação Terra