Walter Salles e os atores Gael García Bernal, Mia Maestro e Rodrigo De la Serna em Cannes
Foto: AP
Segundo ele, não existe qualquer identificação do presidente do júri, Quentin Tarantino, com o cinema latino-americano.
"Não foi uma surpresa (não ter sido premiado) no sentido em que não há nenhuma interseção entre o cinema que fazemos hoje na América Latina e aquele que Tarantino representa", afirmou.
Mesmo voltando sem prêmios mais importantes, Salles considerou positiva a apresentação de seu filme no mais importante festival de cinema do mundo.
"De qualquer forma, ter ido para Cannes foi muito bom para Diários. O filme foi bem recebido pelo público e pela crítica internacional, o que é uma indicação de que ele terá vida longa."
Em Cannes, o longa-metragem recebeu três prêmios paralelos e um oficial para seu diretor de fotografia, Eric Gautier.
O primeiro foi o prêmio do Júri Ecumênico, presidido pelo australiano Peter Malone; o segundo, o Prêmio François Chalais, concedido pelo Ministério da Cultura da França e pelo Centro Nacional Francês de Cinematografia, e o terceiro, o Prêmio Cidade de Roma - Arco-Íris Latino, do Instituto Internacional para Cinema e Audiovisuais de Países Latinos, presidido pelo italiano Gillo Pontecorvo.
Na premiação oficial, o diretor de fotografia de Diários, Eric Gautier, recebeu o Prêmio Técnico por seu trabalho realizado nesse filme e em Clean, também em competição.
Até o final do ano, Diários de Motocicleta estréia em mais de 90 países e participará de 30 novos festivais, além de abrir o primeiro Festival de Cinema de Ramallah, na Palestina.
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