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Cinema

 
 

Ator de 'Lula' diz que mídia apelou e história trata de ser humano

28 de janeiro de 2010 18h17 atualizado às 18h44

Rui Ricardo Dias fará série da Globo. Foto: Terra

Rui Ricardo Dias fará série da Globo
Foto: Terra

Estreando no cinema com o papel do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o ator Rui Ricardo Dias esteve no Terra nesta quinta-feira (28) e comentou o sucesso do longa do cineasta Fábio Barreto. Após o chat, o ator falou sobre a expectativa gerada em torno de Lula, o filho do Brasil e afirmou que a mídia pode ter apelado na divulgação do filme em ano de eleição presidencial.

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Depois de estrear seu primeiro papel no cinema vivendo Luiz Inácio Lula da Silva, em Lula, o filho do Brasil, Rui Ricardo disse que está feliz com as novas propostas de trabalho que recebeu.

Depois do filme sobre o presidente brasileiro, ele já começou as gravações do História de um Valente, do diretor Cláudio Barroso, que conta a história de Gregório Bezerra, líder pernambucano do Partido Comunista Brasileiro da década de 30.

"A gente já realizou a primeira parte das gravações e agora voltaremos para Pernambuco para gravar a segunda metade do filme. Está sendo um trabalho bem bacana também. É meu segundo filme e foi bom porque emendei um trabalho no outro", disse.

O ator também contou que está em cartaz com o espetáculo Uma História Lamentável, texto de Fiódor Dostoiévski. "Eu sou um cara do teatro, sempre trabalhei com isso, novidade é fazer filmes".

Dias afirmou ainda que está assinando contrato com a Rede Globo para fazer uma série de TV: "Na próxima semana já estaremos com tudo acertado. Mas prefiro ainda não contar sobre o que é a série, quero esperar dar tudo certo, além de ser uma novidade. Essa é minha terceira proposta da Globo e só agora consegui aceitar porque antes estava enrolado na realização de outros trabalhos".

Quando perguntado sobre o sucesso do filme Lula, o filho do Brasil, ele disse que um filme que já alcançou o número de 800 mil espectadores deve ser considerado um sucesso: "Um filme com esse número já é um sucesso. O problema é que se especulou muito em cima do lançamento, a mídia criou uma expectativa muito grande porque era um filme sobre a pessoa do presidente brasileiro e isso pode ter afastado o público".

E continuou: "A imprensa é uma coisa fundamental na vida de nós atores, nos permite falar sobre nossos projetos, dar a nossa opinião, contar um pouco sobre como funciona. Mas, acredito que no caso do filme alguns veículos tenham apelado para um lado eleitoral, sendo que o filme trata de um ser humano. É uma história real que está sendo contada ali, a história de uma pessoa e as dificuldades e alegrias que teve na vida".

Em ano de eleições presidenciais, Dias preferiu não comentar sobre seu futuro voto nas urnas: "Estamos, nós todos do filme, tentando não falar sobre essa questão política. Até porque, como já disse, a minha opinião não é em nada especial. Atuei no filme sobre o Lula, mas não é o Lula presidente que está retratado ali, é o Lula pessoa, ser humano mesmo".

Ele também falou que para interpretar o personagem foi exatamente isso que fez: desvinculou seu trabalho do presidente do Brasil. "Para não ter cobrança pessoal eu procurei olhar por um outro ângulo, estava interpretando uma pessoa. Procurei ver as dificuldades, como a perda da primeira mulher. Tenho o costume de fazer isso com todos os meus trabalhos, procuro pegar pelo lado emocional, não por cargo nem nada".

Por fim, sobre o estado de saúde do cineasta Fábio Barreto, Dias disse que não possui informações privilegiadas. "Estive no Rio de Janeiro logo depois que ele sofreu o acidente, mas não estive com ele, só falei com a família. Tenho as mesmas informações, de que agora ele começou a abrir os olhos. O que posso dizer é que estamos todos muito sensibilizados com a situação e torcendo para que tudo se resolva logo da melhor maneira".

Redação Terra