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Cinema

 
 

Ex-parceiro de Zezé Di Camargo perde ação contra músico

09 de abril de 2010 19h59 atualizado às 21h30

Cena do filme 'Dois Filhos de Francisco'. Foto: Divulgação

Cena do filme 'Dois Filhos de Francisco'
Foto: Divulgação

O músico Areovaldo Batista da Silva, 58 anos, que fez parceria musical com Zezé Di Camargo entre 1975 e 1986, teve negado na Justiça goiana pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 5,5 milhões por, segundo ele, distorções sobre sua pessoa no filme Dois Filhos de Francisco, baseado na vida de Zezé e seu irmão, Luciano.

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A juíza da 5ª Vara da Família, Sucessões e Cível de Goiânia, Maria Cristina Costa, julgou improcedente a ação de reparação contra Columbia Tristar Filmes do Brasil, Conspiração Filmes Entretenimento S.A., Globo Filmes e Zezé Di Camargo & Luciano Produções Ltda.

Areovaldo, que se apresenta artisticamente como Zazá, formou com Zezé primeiro um trio depois uma dupla e com ele lançou cinco discos nos anos 70s e 80s. No filme, ele aparece como Dudu e, segundo alega na ação, teve sua história contada de forma equivocada, o que lhe trouxe prejuízos para a carreira.

Uma das distorções, segundo o músico, seria o fato de não aparecer como o líder da dupla, que se chamaria "Zazá & Zezé". Conforme a sentença da juíza, Areovaldo diz que ¿há dificuldades em restabelecer sua imagem, o bom nome e o apreço das pessoas¿.

O valor cobrado por Zazá equivale a 5% da bilheteria total do filme. E se justificaria pelos prejuízos causados a sua carreira. A ação tramitava desde novembro de 2005 e ainda cabe recursos.

Os advogados de defesa do grupo responsável pelo filme afirmaram que Dudu era um personagem fictício, que a obra é só baseada na vida de Zezé e Luciano e que o personagem Dudu não tem semelhança com Zazá.

A juíza concordou com a versão de que não houve prejuízo para a imagem de Zazá e o condenou a pagar honorários de R$ 1,5 mil para cada empresa processada. Em sua sentença, Maria Cristina disse que não havia obrigação de o filme narrar com exatidão toda a vida da dupla formada por Zezé e seu irmão. "Principalmente em se tratando de filme cinematográfico cuja duração média é de duas horas, sendo impossível retratar em tão pouco tempo duas vidas inteiras."

Em 2005, Areovaldo perdeu outra ação em que pedia indenização contra a esposa de Zezé, Zilu Almeida Godoy de Camargo. O músico alegou que ela teria dito em uma entrevista a uma revista nacional que ele havia morrido e que isso trouxe transtornos irreparáveis a sua carreira. Na ocasião, a Justiça acatou a versão da defesa de Zilu de que houve um erro do autor da matéria e que o mesmo foi reparado na edição seguinte da mesma revista.

Especial para Terra