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Cinema

 
 

'Nosso Lar' apresenta princípios da doutrina espírita

02 de setembro de 2010 19h09

Fernando Alves Pinto e Renato Prieto em cena de 'Nosso Lar'. Foto: Divulgação

Fernando Alves Pinto e Renato Prieto em cena de 'Nosso Lar'
Foto: Divulgação

Há meses os cinemas não param de exibir o trailer de Nosso Lar, superprodução espírita nacional cujas imagens parecem de um filme de ficção científica. Bem produzido, o longa-metragem está longe do tom amadorístico de Bezerra de Menezes (2008), mas também da dramaturgia bem azeitada de Chico Xavier. O médium mineiro, por sinal, foi quem psicografou o livro, um best seller com mais de 2 milhões de exemplares vendidos e traduzido para mais de 10 idiomas, tendo por base as mensagens enviadas pelo médico André Luiz. Não à toa que o filme vem sendo visto como um candidato a blockbuster.

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A história é bastante simples. André Luiz (Renato Prieto) morre e acorda numa terra sombria repleta de pessoas estranhas, o umbral (espécie de purgatório), onde vai descobrir que sua existência foi marcada pela prepotência. Depois de passar maus bocados ele vai para um novo mundo, o idílico Nosso Lar. É nesse universo com prédios de arquitetura arrojada, enormes jardins, céu azul e onde só se vestem túnicas brancas que o protagonista terá a chance de se redimir dos equívocos cometidos durante sua vida na Terra. É basicamente um filme sobre uma segunda chance.

Para o leigo o longa oferece, às vezes de forma um tanto explicadinha, graças a uma narração em off do personagem principal, alguns dos princípios da doutrina espírita.

O elenco inclui atores espíritas e outros não. Entre eles, Fernando Alves Pinto, Werner Schunemann, Rosane Mullholand, Paulo Goulart, Othon Bastos e Ana Rosa. O tom das atuações, porém, é empostado, mesmo tendo-se em conta que a trama está ambientada nos anos 30. A artificialidade não se faz presente apenas nos diálogos, mas também na direção de arte. Os efeitos visuais ora parecem convincentes, ora deixam a desejar.

No geral prevalece um tom solene, a despeito dos esforços de produção, uma camisa-de-força que faz o filme parecer mais longo do que realmente é e que pode tirar a atenção do espectador não iniciado.

Redação Terra