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Cinema

 
 

Palma de Ouro provoca sensação curiosa nos irmãos Dardenne

21 de maio de 2005 19h44

Irmãos Dardenne foram premiados com o longa  L'Enfant. Foto: Reuters

Irmãos Dardenne foram premiados com o longa L'Enfant
Foto: Reuters

Os irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, que receberam neste sábado a Palma de Ouro do 58º Festival de Cannes, com o filme L'Enfant, afirmaram, em suas primeiras declarações à imprensa após a premiação, ainda "não terem aterrissado".

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"É uma sensação curiosa. Ainda não aterrissamos. Teremos tempo para isso. Porque o filme é, antes de tudo, dos atores. Decidimos que esta Palma é dos atores e também dos técnicos", comentaram.

"Mas os atores... Só podemos ser humildes perante seu trabalho", comentaram os diretores belgas, em referência a Jérémie Renier (Bruno) e Déborah François (Sonia), os dois jovens pais de um bebê que não sabem bem o que fazer com ele.

Perguntados pela influência do neo-realismo em sua obra, um dos dois diretores ressaltou que "o mais extraordinário" encontrado nela não é um filme em particular, "é o fato de que (Roberto) Rosselini foi rodado na Berlim destruída de 1946".

"Idealizar, fazer filme de ficção nos cenários reais da cidade da derrota, ir a um arquivo - porque para ver Berlim destruída é preciso ver o filme de Rosselini - e, aí, colocar uma história simples... Essa é a grande lição do neo-realismo", ressaltou.

"Nós, por nossa parte, tentamos contar histórias, pequenas histórias que achamos que vão interessar às pessoas, além de pensar nos atores", explicaram os vencedores.

EFE
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