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Cinema

 
 

Italiana Monica Bellucci enfeitiça Veneza

05 de setembro de 2005 08h14 atualizado às 10h04

Monica Bellucci divulgou o filme  Os Irmãos Grimm  no Festival de Veneza. Foto: Reuters

Monica Bellucci divulgou o filme Os Irmãos Grimm no Festival de Veneza
Foto: Reuters

A encantadora atriz italiana Monica Bellucci, protagonista de Os Irmãos Grimm, de Terry Gilliam, enfeitiçou neste domingo o festival de Veneza com um filme de "terrir", estrelado também por Heath Ledger e Matt Damon.

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Terry Gilliam, famoso integrante do grupo Monty Python e diretor do elogiado Brazil (1984), é um apaixonado por contos de magia e mistura em seu filme humor, terror e antigas superstições para narrar uma fábula dentro da fábula.

Ambientada na Alemanha dos tempos de Napoleão, o filme não conta a verdadeira história dos irmãos Will e Jacob Grimm e sim as aventuras de dois caçadores de demônios.

Obrigados pelas autoridades a entrar numa floresta por causa do misterioso desaparecimento de muitas crianças, Ledger e Damon encontram a Cinderela, a Chapeuzinho Vermelho, Joãozinho e Maria e principalmente grande rainha-bruxa, uma imortal que pode ter de 25 a 500 anos.

"A rainha é um personagem criado por todos. Doce, sensual, má ao mesmo tempo, o que produz ainda mais medo. O filme é uma metáfora sobre como se pode ser vítima da vaidade", explicou Bellucci, cuja admirável beleza é ocultada pela maquiagem de uma velha horrenda e decrépita.

Bellucci, que está filmando na França e talvez volte a Hollywood para participar em Shoot'em up, de Michael Davis, falou de sua beleza como uma lição contra a vaidade.

"O filme é uma profunda reflexão sobre a obsessão pela beleza, tão comum no mundo de hoje", comentou a atriz.

Este filme, que compete pelo Leão de Ouro e custou US$ 80 milhões, foi recebido com tímidos aplausos, assim como o novo e esperado filme de Cameron Crowe, Elizabethtown, com Orlando Bloom, Kirsten Dunst e Susan Sarandon, apresentado fora de concurso.

Aplaudidas na passarela do Lido, as estrelas de Hollywood costumam ser menos elogiadas pelos críticos presentes, pouco generosos em relação às superproduções.

Reconhecido diretor de Vanilla Sky e Quase Famosos, Crowe é ex-crítico musical da revista Rolling Stone e deu a seu filme uma rica e extraordinária trilha sonora.

"A música nos guiou, nos deu uma irreverente alegria", explicou Bloom, que participou na elaboração da trilha.

O filme, uma linda história de amor melancólica sobre os valores profundos da vida, é protagonizado por Bloom, um jovem designer que passa um momento difícil depois que aparentemente causou a falência da multinacional de sapatos para a qual trabalhava.

Disposto a suicidar-se, seu plano é adiado pela morte inesperada de seu pais. Na viagem à cidade paterna de Elizabethtown, encontra uma aeromoça sábia que muda sua vida.

Filmado em regiões em parte afetadas pelo terrível furacão Katrina, o filme transmite sentimentos fortes, com momentos belíssimos, comoventes, abordando a vida e a morte, a dor e a alegria, os ódios e os amores, tudo que é provocado pela morte e enterro de um parente próximo.

"Acho que, depois do filme, a gente sai do cinema com vontade de ligar para os pais, de pensar no amor e na família. Com as catástrofes da vida se aprende muito, pois são momentos muito intensos", assegurou Sarandon, que interpreta a mãe de Orlando Bloom.

"Que bom que aqui na Europa se fazem perguntas sobre esses temas, pois nos Estados Unidos só se pergunta sobre com quem vou para cama!", comentou por fim a atriz conhecida por suas opiniões fortes.

AFP
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