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Jodorowsky se reconcilia com seu passado em Cannes

18 mai 2013 - 15h37
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O escritor e cineasta chileno Alejandro Jodorowsky se reconcilia com seu passado em "A dança da realidade", filme no qual se presta a um exercício autobiográfico imaginário e com o qual concorre na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.

Seu sétimo longa põe fim a uma ausência cinematográfica de 23 anos e abre as portas ao universo particular de sua infância, no qual se submete através da arte a uma espécie de terapia familiar.

O diretor recebeu neste sábado os aplausos do público e admitiu que não é mera casualidade ter no elenco do filme, além dele mesmo, dois de seus filhos, um dos quais, Brontis, interpreta o progenitor do autor.

"Para mim, esse filme foi uma bomba psicológica muito forte. Quase chorei, porque no fundo me reconciliei com meu pai", indicou aos presentes após a projeção do filme.

Jodorowsky, francês por adoção e filho de uma família de judeus russos exilados na América do Sul, cumpre sem concessões a crença de que "filmar deve ser uma experiência vital que amplie os limites mentais e vá além", e espera ter oferecido com ela "algo mais do que prazer".

Não em vão, Jodorowsky é considerado o fundador da "psicomagia", uma técnica terapêutica que, a partir da arte, propõe ir além da psicanálise e resolver problemas sexuais, materiais ou emocionais através de ações artísticas, metafóricas e libertadoras.

Com "A dança da realidade", teve início em Cannes uma jornada que terá Jodorowsky como o máximo protagonista latino-americano das seções paralelas do festival, que nesta tarde exibirá, também na Quinzena dos Realizadores, "Jodorowsky's Dune".

O documentário, dirigido por Frank Pavick, relata as tentativas quixotescas do cineasta chileno de levar ao cinema esse romance de ficção científica escrito por Frank Herbert em 1965.

EFE   
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