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Julianne Moore estreia com 'Carrie' e fala sobre bullying: "acontece sempre"

7 dez 2013 - 09h01
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<p>Julianne Moore vive Margareth White</p>
Julianne Moore vive Margareth White
Foto: Divulgação

A história de Carrie é conhecida: virou filme pela primeira vez em 1976, recebeu duas indicações ao Oscar e se transformou em um clássico do terror, além de ir para a Broadway como musical (1988), ter versão para a TV (2002) e até sequência (1999). Baseada no bestseller do escritor norte-americano Stephen King, a trama aborda o bullying, tão discutido nos dias atuais, mas que também era comumna década de 1970. “Esse é um problema de todas as gerações, o que temos que fazer é aprender a nos relacionar com as pessoas”, disse Julianne Moore (As Horas), que interpreta Margareth White nessa nova versão que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (6).

Margareth é a mãe opressora, fechada, com problemas de identidade e religiosa ao extremo. "Minha inspiração foi o livro, tudo veio a partir do romance que é muito detalhado e muito interessante. Descreve Margareth como alguém muito marginalizada até mesmo em sua própria família. Todo mundo achava ela esquisita, mas na verdade ela era doente e ninguém queria ver isso. Até que conhece um homem e eles seguem uma religião própria, mas ele morre e a deixa grávida. Ela dá à luz sozinha e essa é a primeira cena do filme”, contou Julianne em entrevista em Los Angeles. “King fala minuciosamente dela e você vê que não há nada baseado em uma religião, mas sim na própria psicose dessa mãe. Ela se auto-mutila para se punir pelos seus pensamentos e faz de Carrie sua cúmplice".

Carrie é interpretada por Chlóe Grace Moretz (Kick-Ass 2) e revive o papel que já foi de Sissy Spacek e que, inclusive, a levou à indicação ao Oscar de melhor atriz pelo filme de 1976, dirigido por Brian DePalma. A adolescente sofre todos os tipos de preconceito na escola, além de ter a mãe abusiva e descobrir que tem poderes sobrenaturais. A partir daí, ela começa a traçar sua vingança.

“Visitei abrigos de sem-teto, conversei com muitas meninas que sofrem com abusos dentro de casa e então montei minha personagem”, disse a atriz, que confessa também já ter sentido na pele o bullying. “Várias vezes! As pessoas acham que os atores têm tudo, fãs, gente que quer ser igual a você. Mas, ao interpretar, colocamos para fora o que há de mais vulnerável dentro da gente. E isso traz críticas, comparações e discriminações”.

<p>Carrie é interpretada por Chlóe Grace Moretz</p>
Carrie é interpretada por Chlóe Grace Moretz
Foto: Divulgação
Tema universal e atemporal

O novo filme é dirigido por Kimberly Peirce (Meninos Não Choram), que aceitou o desafio não com a intenção de fazer um remake, mas para poder colocar na tela a evolução dos efeitos especiais e levantar a discussão do poder das redes sociais em agravar essa crise. “Também não queria transformar Carrie em uma assassina fria e calculista, principalmente por vivermos nessa era pós massacres da Virginia Tech, Columbine, todos esses ataques nas escolas”, disse a diretora, que é uma das poucas mulheres do primeiro escalão de Hollywood.

Um recente estudo apontou que apenas 9% dos 250 maiores filmes de 2012 foram dirigidos por mulheres. “Acho que nesse filme também pude colocar minha visão feminina, eu sei o que é a primeira menstruação”, contextualiza ela, ao se referir a uma das cenas mais marcantes do filme.

Para Moore, é “óbvio que Stephen King descreveu no livro suas próprias experiências. Eu também posso falar para vocês sobre as minhas. Mudei várias vezes de escola e sempre era 'alguém fora da turminha'. Sempre tem alguém para falar de alguém e outros que não têm com quem falar. Acontece sempre, crianças estão tentando aprender o significado dos relacionamentos, quem são, o que é crescer, como se comportar, todas essas coisas. Todas as gerações passam por isso”, disse a premiada atriz, que já foi indicada quatro vezes ao Oscar.

“O bullying sempre foi algo presente, mas agora parece ainda mais perigoso. Ninguém mais precisa bater na cara dos outros, não precisam mais usar violência física, mas desencadeiam efeitos mais dolorosos que um monte de marcas roxas pelo corpo. As pessoas criam contas falsas nas redes sociais só para ameaçar psicologicamente outras pessoas, acho que isso é muito mais doloroso e afeta o desenvolvimento de qualquer pessoa”, completou Chlóe.

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Fonte: Terra
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