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Morre Virna Lisi, a atriz italiana que arrasou corações na década de 60

18 dez 2014 - 12h45
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A atriz Virna Lisi, considerada uma musa do cinema italiano, morreu aos 78 anos sem nunca ter parado de atuar.

Foi seu filho, citado pela imprensa italiana, que anunciou a morte. Ele afirmou que a atriz tinha uma doença incurável.

Com um rosto angelical que Hollywood imaginava como o da nova Marilyn, ela foi chamada pelos maiores diretores da época, como Alberto Lattuada, Mario Monicelli, Dino Risi e Joseph Losey.

Em cerca de 80 filmes para as telonas e de 40 para a televisão, a beldade italiana apareceu de diversas formas, ousando interpretar papéis de vampira a mulheres envelhecidas, doentes, às vezes irreconhecível mas sempre encantadora.

Após de cerca de 40 anos de carreira, ela foi coroada como Melhor Atriz em Cannes em 1994, por sua impactante interpretação de Catarina de Médici em "A Rainha Margot", de Patrice Chéreau.

Nascida em Ancona (Itália) em 8 de novembro de 1936, Virna Pieralisi passou seus primeiros anos nesse país, antes de ir viver em Roma com sua família. Ela tinha 16 anos quando o cantor Giacomo Rondinella, um amigo de seus pais, os convenceu a deixá-la atuar ao seu lado na pequena comédia musical "E Napoli canta".

Virna casou-se com o arquiteto romano Franco Pesci, em abril de 1960. Os dois viveram juntos por 53 anos, até a morte dele em setembro de 2013. A década de sessenta foi rica para a atriz. Ela se destacou em filmes como "Eva", dirigido por Joseph Losey em 1962, com Jeanne Moreau, depois em "A tulipa negra" (Chistian Jacque, 1963) e em "As bonecas" (Dino Risi, 1964).

Chamada para Hollywood, ela assina um contrato de sete anos com a Paramount e atua em "Como matar sua esposa" (Richard Quine, 1965), com Jack Lemmon.

Mas se recusa a viver de loura fatal "Barbarella", de Roger Vadim - que faria um grande sucesso com Jane Fonda - e rompe seu contrato em apenas três anos.

Virna passa então a atuar em produções em Roma, Paris, Londres e Berlin, às vezes em filmes hollyoodianos, como "Cada dia será como Deus quiser" (Terence Young, 1969), "Barba Azul" de Edward Dmytryk (1972) ou ainda "A Serpente" (Henri Verneuil, 1972).

Sua carreira no cinema termina com Cristina Comencini, com quem trabalhou em "Vá onde seu coração mandar" (1996) e em "O mais belo dia de nossas vidas" (2002).

Ela também marcou presença em "Balzac", um filme para a televisão de Josée Dayan (1999), contracenando com Gerard Depardieu, Jeanne Moreau e Fanny Ardant.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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