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Cinema

 
 

Seqüências de filmes criam problemas para o Oscar

18 de agosto de 2003 18h50

Matrix  está dando trabalho para a Academia. Foto: BBC Brasil

Matrix está dando trabalho para a Academia
Foto: BBC Brasil

Quando o assunto esbarra nas indicações ao Oscar, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não cogita em aceitar ofertas de dois-em-um.

A questão veio à tona porque este ano haverá dois filmes Matrix e, possivelmente, também dois Kill Bill podendo ser analisados para o Oscar.

Esse fato está levando seus respectivos estúdios, Warner e Miramax, a estudar qual a melhor maneira de otimizar suas chances de ser premiados - mesmo sabendo que ainda faltam meses para a próxima entrega do Oscar, marcada para 29 de fevereiro de 2004.

A situação é vista por representantes da Academia como inusitada.

Já houve casos anteriores de filmes feitos de materiais filmados em sequência. Os Três Mosqueteiros, de 1973, foi seguido em 1974 por Os Quatro Mosqueteiros; De Volta Para O Futuro 2 saiu em 1989, seguido de perto por De Volta Para o Futuro 3, no ano seguinte; e a série O Senhor dos Anéis, que começou em 2001 com A Sociedade do Anel, será concluída este ano com O Retorno do Rei.

Nesses casos, porém, as partes individuais de cada "megafilme" foram lançadas em anos diferentes, de modo que não havia possibilidade de partes de um todo competirem entre si.

Este ano, porém, tem Matrix Reloaded, o segundo filme da série Matrix, dos irmãos Wachowski, lançado em 15 de maio, e para 5 de novembro está prevista a estréia do último da trilogia, Matrix Revolutions.

No caso de Kill Bill, de Quentin Tarantino, a Miramax decidiu dividir o material em dois filmes e vai lançar Kill Bill Volume 1 em 10 de outubro nos EUA. A empresa ainda não anunciou quando vai lançar Kill Bill Vol. 2.

A maioria dos observadores imagina que a estréia deste será apenas em 2004, mas a Miramax já analisou várias possibilidades tendo em vista o Oscar. Uma delas seria lançar Vol. 2 por uma semana em dezembro, para que ele possa ser levado em conta para o Oscar.

Outra possibilidade seria reconectar as duas partes para que, juntas, concorressem ao Oscar como um filme só.

No caso de Matrix, como os dois filmes foram rodados em sequência pela mesma equipe, a Warner pensou em argumentar que a Academia deveria vê-los como um filme só, apresentado com intervalo de seis meses entre suas duas partes. Mas, segundo fontes ligadas ao caso, essa possibilidade nunca chegou a ser cogitada seriamente.

Assim, o que a Warner está pensando em fazer, pelo menos por enquanto, é submeter à consideração da Academia apenas um dos filmes - no caso, será Matrix Revolutions.

Reuters
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