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Cinema

 
 

"Carandiru" representa País na corrida ao Oscar

17 de setembro de 2003 13h59 atualizado às 15h09

Santoro faz par com Gero Camilo em  Carandiru. Foto: Divulgação

Santoro faz "par" com Gero Camilo em Carandiru
Foto: Divulgação

Carandiru, de Hector Babenco, foi escolhido para representar o Brasil com uma indicação de melhor filme estrangeiro na premiação do Oscar 2004. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (17) pelo secretário para o Desenvolvimento das Artes Audiovisuais, do Ministério da Cultura, Orlando Senna.

A comissão é formada pelos especialistas em cinema João Januário Guedes (PA), Adhemar Oliveira (SP), Ivana Bentes (RJ), Paulo Roberto Ribeiro (BA), Roberto Farias (RJ), Ismail Xavier (SP) e Monica Schmidt (RS). Para Farias, foram levados em conta os seguintes fatores para a escolha de Carandiru: número de espectadores, os profissionais envolvidos e a qualidade de carreira.

A indicação ainda não garante a vaga do Brasil no Oscar de 2004. A produção vai concorrer com os filmes indicados por outros países. O filme será apresentado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para avaliação e, se for indicado, pode render ao Brasil o primeiro Oscar. A indicação dos cinco filmes estrangeiros escolhidos pela Academia será anunciada em 27 de janeiro. A premiação da 76ª edição do Oscar acontece em 29 de fevereiro.

Na terça-feira (16), a Espanha anunciou três filmes que estão pré-selecionados: Al Sur de Granada, de Fernando Colomo; Hotel Danubio, de Antonio Giménez-Rico; e Soldados de Salamina, de David Trueba. No dia 1º de outubro ocorre outra votação para escolher o finalista. Já a França apontou seu escolhido nesta quarta (17), Bon Voyage, filme de Jean-Paul Rappeneau que é estrelado por Isabelle Adjani, Gérard Depardieu e Peter Coyote.

Carandiru disputou a indicação brasileira com Desmundo, de Alain Fresnot; O Homem que Copiava, de Jorge Furtado; Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues; Lara, de Ana Maria Magalhães; Durval Discos, de Ana Muylaert; Dois Perdidos numa Noite Suja, de José Joffily; Capital do Medo, de Manoel Carlos; e Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim.

No ano passado, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e co-dirigido por Katia Lund, foi escolhido pelo Brasil para disputar uma das cinco indicações ao prêmio de melhor filme estrangeiro, mas ficou fora da competição. O filme era um dos mais cotados para disputar a estatueta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood, o maior prêmio do cinema mundial, mas ficou fora da lista final que incluiu o mexicano O Crime do Padre Amaro, o chinês Hero, o finlandês O Homem Sem Passado, o holandês Zus & Zo e o alemão Sem Lugar na África. O vencedor foi Sem Lugar na África, da Alemanha.

Se eleito, Carandiru será o quinto filme brasileiro a entrar na corrida pelo Oscar. O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, foi o primeiro deles, indicado em 1962. Em 1994, ano considerado o marco da retomada do cinema nacional, a família Barreto emplacou duas indicações: O Quatrilho, de Fábio, em 1995; e O que é Isso, Companheiro?, de Bruno, em 1997.

Em 1998, o Brasil teve mais chances de levar o prêmio. Central do Brasil, de Walter Salles, entrou na disputa como favorito e também foi indicado a uma categoria inédita para o Brasil: a de melhor atriz, para Fernanda Montenegro. O filme acabou sendo derrotado por A Vida é Bela, do diretor italiano Roberto Benigni, e Fernanda perdeu o consagrado prêmio para Gwyneth Paltrow.

O filme
Carandiru foi visto por 4.656.363 espectadores até sexta-feira (12), segundo a distribuidora Columbia Tri-Star Pictures. O filme conclui neste fim de semana sua 22ª semana de exibição, com uma arrecadação de R$ 29.555.127 milhões.

O filme de Hector Babenco foi baseado no best seller Estação Carandiru, do médico Dráuzio Varella. Sob a ótica do médico, o filme/livro conta histórias dos detentos no então maior presídio da América Latina, a Casa de Detenção de São Paulo, o popular Carandiru, hoje implodido. Um dos destaques da obra é a reconstituição do massacre em que 111 presos foram mortos pela polícia depois de uma rebelião, em 1992, reprimida pela tropa de choque da Polícia Militar.

Carandiru foi vaiado por parte dos expectadores durante a exibição para a imprensa na última edição do Festival de Cannes, em maio, mas foi aplaudido de pé na exibição aberta ao público.

Redação Terra
  1. A Tiazinha Suzana Alves.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    A Tiazinha Suzana Alves.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  2. Um beijinho em Santoro  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Um beijinho em Santoro

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  3. Autógrafos faz parte da rotina do ator.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Autógrafos faz parte da rotina do ator.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  4. Rodrigo Santoro.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Rodrigo Santoro.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  5. Rodrigo Santoro.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Rodrigo Santoro.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  6. O ator Oscar Magrini.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    O ator Oscar Magrini.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  7. A prefeita de São Paulo, Martha Suplicy, e o marido, Luís Favre.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    A prefeita de São Paulo, Martha Suplicy, e o marido, Luís Favre.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  8. A atriz Maria Luiza Mendonça.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    A atriz Maria Luiza Mendonça.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  9. Gabriela Duarte interpretou a cantora Vera Veruma  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Gabriela Duarte interpretou a cantora Vera Veruma

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  10. A cantora baiana Daniela Mercury.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    A cantora baiana Daniela Mercury.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  11. Rita Cadillac.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Rita Cadillac.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  12. Atriz e ex-BBB, Leka.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Atriz e ex-BBB, Leka.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  13. O diretor Hector Babenco.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    O diretor Hector Babenco.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  14. Parte do elenco reunido na pré-estréia.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Parte do elenco reunido na pré-estréia.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  15. O médico Dráuzio Varella, autor do best-seller Estação Carandiru, que serviu de inspiração para o filme de Babenco.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    O médico Dráuzio Varella, autor do best-seller Estação Carandiru, que serviu de inspiração para o filme de Babenco.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  16. Celso Frateschi divide seu tempo entre a Secretaria da Cultura de São Paulo e as gravações em O Beijo do Vampiro. Ele elogiou Carandiru: O livro é maravilhoso, o autor excelente, Babenco é um dos melhores diretores do Brasil e o elenco é fantástico. O filme só pode ser maravilhoso.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    Celso Frateschi divide seu tempo entre a Secretaria da Cultura de São Paulo e as gravações em O Beijo do Vampiro. Ele elogiou Carandiru: "O livro é maravilhoso, o autor excelente, Babenco é um dos melhores diretores do Brasil e o elenco é fantástico. O filme só pode ser maravilhoso".

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  17. O cineasta Beto Brant.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    O cineasta Beto Brant.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  18. A sempre elegante Beatriz Segall: Babenco é um diretor das melhores qualidades.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    A sempre elegante Beatriz Segall: "Babenco é um diretor das melhores qualidades".

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

  19. O diretor Hector Babenco e a atriz Maria Luiza Mendonça.  Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

    O diretor Hector Babenco e a atriz Maria Luiza Mendonça.

    Foto: Rogério Lorenzoni/Terra

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