"Não é a decrepitude de um homem de 85 anos que nos aborrece e sim o fato de que este negacionista continue causando danos aos sobreviventes do Holocausto", afirma o Centro Wiesenthal em um comunicado recebido pela AFP em Jerusalém.
"Declarações desse tipo, feitas poucos dias antes da difusão do polêmico filme de seu filho, A Paixão de Cristo, deveriam ser condenadas energicamente pelos líderes cristãos em todo o mundo", acrescenta o comunicado citando o fundador do centro, o rabino Martin Hier.
"As câmaras de gás e os crematórios de Auschwithz não podiam ter feito o trabalho. Sabe o que é necessário para eliminar um cadáver? Para incinerá-lo? Um litro de gasolina e 20 minutos. Mas seis milhões (de vítimas)? Eles (os nazistas) não tinham gasolina necessária", declarou Hutton Gibson, falando do genocídio nazista à rádio SWNR.
Gibson, autor de publicações religiosas, insistiu em sua teoria da conspiração, atacando o poder do Federal Reserve (o banco central) americano, os banqueiros estrangeiros, algumas fundações familiares - todas "comunistas" - e o Vaticano.
Indagado esta semana pela ABC sobre seu pai, Mel Gibson limitou-se a responder: "Eu amo meu pai". O cineasta, cujo filme é acusado de contribuir para o anti-semitismo, desmentiu ser anti-semita, o qual, segundo ele é um pecado para religião católica.
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