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Cinema

 
 

Centro Wiesenthal condena pai de Mel Gibson

20 de fevereiro de 2004 09h43

O Centro Simon Wiesenthal, especializado na caça a criminosos de guerra nazistas, denunciou esta sexta-feira as declarações negacionistas do pai do ator e diretor Mel Gibson, Hutton Gibson, sobre a magnitude do Holocausto.

"Não é a decrepitude de um homem de 85 anos que nos aborrece e sim o fato de que este negacionista continue causando danos aos sobreviventes do Holocausto", afirma o Centro Wiesenthal em um comunicado recebido pela AFP em Jerusalém.

"Declarações desse tipo, feitas poucos dias antes da difusão do polêmico filme de seu filho, A Paixão de Cristo, deveriam ser condenadas energicamente pelos líderes cristãos em todo o mundo", acrescenta o comunicado citando o fundador do centro, o rabino Martin Hier.

"As câmaras de gás e os crematórios de Auschwithz não podiam ter feito o trabalho. Sabe o que é necessário para eliminar um cadáver? Para incinerá-lo? Um litro de gasolina e 20 minutos. Mas seis milhões (de vítimas)? Eles (os nazistas) não tinham gasolina necessária", declarou Hutton Gibson, falando do genocídio nazista à rádio SWNR.

Gibson, autor de publicações religiosas, insistiu em sua teoria da conspiração, atacando o poder do Federal Reserve (o banco central) americano, os banqueiros estrangeiros, algumas fundações familiares - todas "comunistas" - e o Vaticano.

Indagado esta semana pela ABC sobre seu pai, Mel Gibson limitou-se a responder: "Eu amo meu pai". O cineasta, cujo filme é acusado de contribuir para o anti-semitismo, desmentiu ser anti-semita, o qual, segundo ele é um pecado para religião católica.

AFP
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